DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O bom resultado das exportações está mais relacionado ao aumento dos preços dos principais produtos exportados pelo Brasil do que ao aumento das quantidades embarcadas.
Dos dez principais tipos de produtos vendidos (65% da pauta comercial), cinco tiveram aumento no preço e na quantidade, e apenas um, os materiais elétricos, cresceu mais na quantidade que no preço. "Esse resultado que esperamos, de US$ 132 bilhões de exportação no ano, será conseguido à custa de muito sacrifício das empresas para exportar e muitas vezes ocorre mais por causa do aumento de preços do que da produtividade", disse o secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat.
Segundo ele, os aumentos de quantidades são resultado dos esforços do governo e do setor privado em aumentar as promoções comerciais e aos acordos comerciais assinados nos últimos anos.
Neste ano, os preços do açúcar em bruto e do álcool subiram cerca de 55%. A quantidade de álcool exportada subiu 3,7%, mas a de açúcar caiu 4%.
O Brasil exportou neste ano 11,1% a mais de minério de ferro, mas o preço do produto aumentou ainda mais, 17,9%. No caso da soja, só o preço contribuiu para o desempenho do setor, já que a cotação do commodity aumentou 26,5%, mas as toneladas embarcadas permaneceram as mesmas.
A quantidade de petróleo vendido aumentou 20%, mas o preço subiu o dobro, 40%. Neste ano, o Brasil vendeu 10,61% a menos em café em grão, mas o preço subiu 8,92%.
Os preços que mais subiram entre manufaturados foram os de produtos de transporte, inclusive automóveis.


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