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Participação de hidrelétricas na oferta vem caindo e deve chegar a 71% até 2023
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As usinas hidrelétricas são
responsáveis por 75,9% da
energia produzida no Brasil,
com 638 usinas capazes de gerar 74.017 MW, segundo dados
da EPE (Empresa de Pesquisa
Energética), referentes a dezembro do ano passado. As termelétricas (excetuando biomassa) respondem por 11,1%. O
resto é o que se chama de energia alternativa (como eólica e
biomassa) ou importação.
A participação das hidrelétrica tem diminuído, e a das termelétricas, aumentado. Em
2005, as hidrelétricas respondiam por 76,4% da energia, e as
termelétricas, 10,7%. Um dos
motivos é a dificuldade no licenciamento ambiental das hidrelétricas. Até 2023, a previsão é que a participação das hidrelétricas diminua mais, para
70,99%, e a das termelétricas
aumente para 22,45%
As hidrelétricas produzem
uma energia mais limpa e renovável, mas sua construção tem
um impacto ambiental maior: é
preciso alagar grandes áreas,
em geral de florestas, e modificar a trajetória e a vazão de rios.
Fauna, flora e população que
vive perto do rio são afetados.
Uma termelétrica, apesar de
produzir uma energia considerada "suja", gerada com derivados de petróleo e não renovável, tem um processo de licenciamento ambiental mais simples e rápido. As usinas são menores e próximas de centros urbanos -em áreas já degradadas
do ponto de vista ambiental.
Entre as termelétricas, as
melhores opções do ponto de
vista ambiental -de emissão de
gases que contribuem para o
efeito estufa- são a nuclear e a
por gás natural. O risco de falta
de gás, no entanto, fez com que
no último leilão de energia apenas termelétricas que usam
óleo fossem contratadas.
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