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Nome da estatal pode ser decidido em concurso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo Lula pode fazer
um tipo de concurso para escolher o nome da futura estatal
que irá gerir a riqueza do pré-sal. A ideia é do ministro Edison Lobão (Minas e Energia),
que propõe abrir a possibilidade de as sugestões serem feitas
por meio da internet.
Chamada provisoriamente
de NEP (Nova Empresa de Petróleo) nas discussões técnicas,
a futura estatal ainda não tem
nome definitivo. A proposta de
Lobão visa popularizar a discussão sobre o pré-sal, envolvendo mais a sociedade no debate do novo modelo -que ainda precisa ser aprovado pelo
Congresso Nacional.
Além disso, serviria ao propósito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar o tema
como bandeira da campanha
presidencial do ano que vem,
quando espera eleger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil)
como a sua sucessora.
A estatal, que terá controle
total da União e será sua representante nos comitês operacionais dos campos do pré-sal, não
é só chamada de NEP dentro da
comissão interministerial que
estuda o novo marco regulatório do setor.
Os integrantes da comissão
também deram dois outros
apelidos à empresa durante as
reuniões que se arrastam desde
meados do ano passado: Loboil
e Petorosquim.
O primeiro é fruto da junção
dos nomes do ministro Lobão,
um dos principais defensores
da criação da estatal, e da companhia petrolífera norueguesa
Statoil -a "Petrobras" do país
europeu.
O segundo surgiu a partir da
fusão dos nomes da outra empresa norueguesa, a Petoro,
modelo para a nova estatal brasileira, e de Maurício Tomalsquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Tomalsquim também participa
da comissão que estuda o novo
modelo.
A criação da estatal será proposta por meio de projeto de
lei. Ela não será uma operadora, função que caberá à Petrobras, e terá um quadro de funcionários enxuto e com profissionais do setor.
Blindagem
Segundo um ministro, a empresa terá de ser formada por
profissionais de elevada capacidade técnica, recrutados no
mercado e com conhecimentos
de engenharia financeira do setor de petróleo.
Afinal, a futura estatal será a
responsável pela gestão do custo de exploração do pré-sal.
Função vital nos planos do governo Lula, já que, quanto
maior o custo de produção, menor a rentabilidade para a
União dos campos a serem explorados no pré-sal.
A proposta é blindar a empresa de indicações políticas,
evitando críticas da oposição
de que ela poderia virar um cabide de empregos para os partidos da base aliada.
(VALDO CRUZ)
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