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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003

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Furlan revê para cima previsão de vendas externas e superávit no ano

ANDRÉ SOLIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, anunciou ontem que as exportações brasileiras devem superar a marca de US$ 69 bilhões e o saldo comercial deve chegar a US$ 22 bilhões neste ano. Serão dois recordes históricos.
As novas estimativas, mais otimistas que as anteriores, foram feitas depois do anúncio oficial do resultado da balança comercial do mês passado. Pela primeira vez na história, o Brasil exportou mais de US$ 7 bilhões em um mês. Em setembro, as vendas externas do país somaram US$ 7,280 bilhões.
Furlan disse, no entanto, que o "surpreendente" resultado pode ter sido atípico. "Os dados tiveram influência da famosa operação-padrão da Receita", disse o ministro, referindo-se à greve dos fiscais que começou em julho e terminou em agosto.
Segundo ele, o aumento das exportações e das importações, acima do esperado, pode refletir embarques e desembarques que foram adiados ou represados pela greve da Receita.
A estimativa anterior do Desenvolvimento era de exportações de US$ 68 bilhões. Essa projeção já era maior que a do início do ano, de US$ 66 bilhões. Se as vendas ultrapassarem US$ 69 bilhões, conforme Furlan anunciou, as exportações terão crescido pelo menos 14% em relação ao ano passado.
Para atingir a meta de exportar US$ 100 bilhões até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006), as vendas precisam crescer, em média, entre 10% e 15% ao ano.
Ele aposta, em 2004, no aumento da venda de produtos que não são tradicionais na balança comercial e na busca de novos mercados para as exportações.
O Banco Central estima que, em 2004, o saldo da balança comercial ficará em US$ 16,5 bilhões.


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