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PETRÓLEO
Meta é seguir variação externa
Petrobras quer altas seguidas da gasolina
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Petrobras estuda reajustes
mais frequentes para os preços da
gasolina e do óleo diesel. O objetivo é acompanhar com mais rapidez as variações do preço do petróleo no mercado internacional.
A informação é do presidente
da empresa, José Eduardo Dutra,
que não disse quando esse novo
sistema de reajuste de preços será
implementado. Segundo ele, isso
só acontecerá quando o fato de o
preço do petróleo oscilar no mercado internacional for "incorporado à cultura do brasileiro".
Dutra participou de sessão solene na Câmara dos Deputados em
homenagem aos 50 anos da Petrobras. Após a cerimônia, falou
com a imprensa. Ele disse que em
alguns países, como os Estados
Unidos, o reajuste para acompanhar as cotações do mercado internacional é automático.
"Se essa modalidade vier a ser
implantada [no Brasil], vale para
aumentar e diminuir [o preço dos
combustíveis]", disse Dutra.
Ele informou que os reajustes
mais frequentes para acompanhar o preço do petróleo no mercado internacional já acontecem
para alguns derivados, que tiveram seu preço liberado há mais
tempo, como o óleo combustível
e o querosene de aviação.
O preço da gasolina foi liberado
em janeiro de 2002. Desde então,
a Petrobras -empresa controlada pelo Tesouro Nacional- decide quando deve fazer o reajuste. A
política do governo tem sido
acompanhar o preço do mercado
internacional, para permitir que a
competição aconteça por meio da
importação de combustível.
A última modificação de preço
aconteceu em julho deste ano,
quando houve aumento de 0,02%
para a gasolina e o óleo diesel.
Distribuidoras e revendedores
(postos) de combustível têm liberdade para fixar preços e realizar reajustes.
Opep
Dutra disse também que a recente alta do preço do petróleo,
provocada pela decisão da Opep
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de diminuir a
produção, não deverá causar reajuste nos preços da Petrobras.
"Mesmo o aumento que houve
recentemente não nos coloca no
horizonte, pelo menos por enquanto, a perspectiva de reajuste
de preço", afirmou.
Dutra informou, no entanto,
que a alta do petróleo provocada
pela decisão da Opep impediu
uma queda que ocorreria no preço do óleo diesel.
Na semana passada, os países
que integram a Opep concordaram em reduzir em 900 mil barris
diários a produção de seus dez
membros (sem considerar o Iraque) a partir de 1º de novembro,
para 24,5 milhões de barris/dia.
A Opep tem utilizado essa tática
sempre que considera que os preços estão baixos. Com a menor
oferta do produto no mercado, os
preços sobem ou permanecem
num nível considerado satisfatório pela organização.
Na ocasião do anúncio do corte,
o preço do barril tipo leve subiu
4,09%, para US$ 28,24, em Nova
York. Em Londres, a cotação foi
para US$ 26,67, com alta de
4,47%. Ontem, o barril de petróleo subiu para US$ 29,29 em Nova
York (mais 0,65%) e para 27,88
em Londres (aumento de 0,98%).
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