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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003

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PETRÓLEO

Meta é seguir variação externa

Petrobras quer altas seguidas da gasolina

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Petrobras estuda reajustes mais frequentes para os preços da gasolina e do óleo diesel. O objetivo é acompanhar com mais rapidez as variações do preço do petróleo no mercado internacional.
A informação é do presidente da empresa, José Eduardo Dutra, que não disse quando esse novo sistema de reajuste de preços será implementado. Segundo ele, isso só acontecerá quando o fato de o preço do petróleo oscilar no mercado internacional for "incorporado à cultura do brasileiro".
Dutra participou de sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem aos 50 anos da Petrobras. Após a cerimônia, falou com a imprensa. Ele disse que em alguns países, como os Estados Unidos, o reajuste para acompanhar as cotações do mercado internacional é automático.
"Se essa modalidade vier a ser implantada [no Brasil], vale para aumentar e diminuir [o preço dos combustíveis]", disse Dutra.
Ele informou que os reajustes mais frequentes para acompanhar o preço do petróleo no mercado internacional já acontecem para alguns derivados, que tiveram seu preço liberado há mais tempo, como o óleo combustível e o querosene de aviação.
O preço da gasolina foi liberado em janeiro de 2002. Desde então, a Petrobras -empresa controlada pelo Tesouro Nacional- decide quando deve fazer o reajuste. A política do governo tem sido acompanhar o preço do mercado internacional, para permitir que a competição aconteça por meio da importação de combustível.
A última modificação de preço aconteceu em julho deste ano, quando houve aumento de 0,02% para a gasolina e o óleo diesel. Distribuidoras e revendedores (postos) de combustível têm liberdade para fixar preços e realizar reajustes.

Opep
Dutra disse também que a recente alta do preço do petróleo, provocada pela decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de diminuir a produção, não deverá causar reajuste nos preços da Petrobras.
"Mesmo o aumento que houve recentemente não nos coloca no horizonte, pelo menos por enquanto, a perspectiva de reajuste de preço", afirmou.
Dutra informou, no entanto, que a alta do petróleo provocada pela decisão da Opep impediu uma queda que ocorreria no preço do óleo diesel.
Na semana passada, os países que integram a Opep concordaram em reduzir em 900 mil barris diários a produção de seus dez membros (sem considerar o Iraque) a partir de 1º de novembro, para 24,5 milhões de barris/dia.
A Opep tem utilizado essa tática sempre que considera que os preços estão baixos. Com a menor oferta do produto no mercado, os preços sobem ou permanecem num nível considerado satisfatório pela organização.
Na ocasião do anúncio do corte, o preço do barril tipo leve subiu 4,09%, para US$ 28,24, em Nova York. Em Londres, a cotação foi para US$ 26,67, com alta de 4,47%. Ontem, o barril de petróleo subiu para US$ 29,29 em Nova York (mais 0,65%) e para 27,88 em Londres (aumento de 0,98%).


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