São Paulo, terça-feira, 02 de outubro de 2007

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Câmara de SP quer debater trabalho de bolivianos

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A vereadora Soninha (PT), relatora da CPI que investigou a exploração de trabalho análogo ao escravo em oficinas de costura e confecções da capital paulista que empregavam bolivianos em situação irregular, deve convocar representantes da cadeia têxtil e de redes de varejo, fiscais e procuradores do Trabalho para participar de um seminário e debater o assunto.
"A idéia é saber o que foi feito por cada uma das partes envolvidas após as recomendações do relatório da comissão. O que avançou nessa questão? É preciso saber os desdobramentos de tudo que foi discutido na CPI", diz a vereadora.
No último domingo, a Folha publicou reportagem em que mostra que, mesmo após a CPI da Câmara Municipal, nova blitz do MPT (Ministério Público do Trabalho) de São Paulo voltou a encontrar bolivianos em condições degradantes de trabalho.
"Há a necessidade de reforçar a fiscalização do trabalho nesse ramo de negócio. O problema em São Paulo demonstra que a existência de exploração do trabalho degradante não ocorre apenas no meio rural, devendo ser combatido em todo o território nacional", afirma Cláudio Montesso, presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho).
"A existência de empregados nessas condições é motivo de vergonha para o país, especialmente em um momento em que há sinalizações de crescimento econômico sustentável, com a ampliação do número de empregos formais. Ao mesmo tempo, sinaliza para a baixa qualidade dos empregos criados por essa expansão econômica", afirma.


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