São Paulo, terça-feira, 02 de outubro de 2007

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Álcool eleva exportação de milho em 465%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A opção norte-americana pelo milho como matéria-prima para a produção de álcool provocou uma explosão nas vendas brasileiras do produto: em setembro, a exportação de milho em grão cresceu 464,99% em relação ao mesmo mês de 2006.
Segundo o presidente da comissão nacional de cereais, fibras e oleaginosas da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil), Marcel Cacheta, o salto dos embarques de milho foi gerado pela forte queda na oferta dos EUA.
Maiores produtores mundiais de milho, os norte-americanos vêm utilizando cada vez mais sua lavoura para a produção de álcool, aquecendo o preço da commodity no mercado. "Isso abriu espaço para o Brasil aumentar a presença em mercados tradicionais", avaliou Cacheta.
Na lista dos maiores compradores do produto brasileiro, estão quatro dos maiores países europeus: Espanha, Alemanha, Portugal e Itália. Esses países, segundo Cacheta, compravam tradicionalmente dos EUA.
O especialista diz que o custo de produção do milho no Brasil corresponde a 80% do registrado nos EUA. A vantagem, no entanto, cai com os custos de transporte, principalmente pela infra-estrutura precária no Brasil.
"Isso diminui muito a nossa vantagem, mas mesmo assim entramos na Europa um pouco mais baratos que o produto norte-americano."
Entre as demais commodities (produtos primários de exportação), Cacheta chama a atenção para o esperado aumento das importações do trigo após a quebra da safra brasileira por motivos climáticos. (FERNANDO NAKAGAWA e IURI DANTAS)


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