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Sindicato prevê menos vagas temporárias no final de ano
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O emprego temporário no
comércio para atender a demanda de final de ano deve sofrer o impacto da crise no mercado financeiro internacional.
Com isso, o número de vagas
criadas, principalmente na cidade de São Paulo, deverá ser
inferior ao registrado pelo setor no ano passado.
A avaliação é do Sindicato
dos Comerciários de São Paulo
e da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings),
que chegou a projetar no início
de setembro, antes da crise, a
criação de 112 mil vagas temporárias no país -quase 16% a
mais do que os empregos temporários criados em 2007.
"Pode haver recrudescimento nesse número [de 112 mil].
Mas, como o governo federal
tem tomado medidas no sentido de manter o consumo aquecido e os empregos em alta, isso
também pode amenizar o impacto", afirma Luis Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Alshop,
entidade que reúne lojistas instalados nos shoppings do país.
Os comerciários acreditam
que o impacto no emprego deva
ser maior na capital. No ano
passado, foram contratados 20
mil temporários nos estabelecimentos comerciais da cidade
de São Paulo. Para este ano, a
projeção -antes da crise- era
de 35 mil vagas temporárias.
"Por mais que possamos dizer que a economia brasileira
tem barreiras e está protegida
da crise que afeta os EUA, o fato
é que há uma incerteza grande
de como o Brasil irá reagir",
afirma Ricardo Patah, presidente do sindicato e da União
Geral dos Trabalhadores.
Para o sindicalista, esse não
deverá mais ser o "Natal dos
natais, como se esperava". "Algumas lojas e redes não confirmam oficialmente, mas já há
indícios de que os empregos
temporários neste ano serão
bem menores", afirma Patah.
Na avaliação do Dieese, o impacto da crise no emprego, porém, pode ocorrer a partir do
ano que vem. "A contratação
temporária está muito vinculada ao comportamento do mercado interno e à renda disponível", diz Clemente Ganz Lúcio,
diretor-técnico do Dieese.
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