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Dia ruim no exterior leva Bolsa de SP a recuar 1,7%
Bolsas têm perdas nos EUA;
dólar sobe para R$ 1,788
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após o resultado bastante
forte de setembro, o mercado
financeiro iniciou o último trimestre do ano em terreno negativo. As Bolsas de Valores tiveram quedas elevadas, e o dólar recuperou um pouco de valor. A Bovespa terminou com
baixa de 1,72%, aos 60.459 pontos. Foi a mais forte queda desde o pregão do dia 31 de agosto.
No mercado americano, houve baixa de 2,09% no índice
Dow Jones, e recuo de 3,06%
na Bolsa eletrônica Nasdaq.
Os poucos dados econômicos
conhecidos ontem não foram
muito animadores e o mercado
aproveitou para corrigir os preços dos ativos. Com a falta de
notícias que justificassem novas compras, a ordem foi vender ações e títulos que tinham
boas altas acumuladas.
Ao menos dois dados conhecidos ontem serviram de justificativa para as Bolsas recuarem pelo mundo. Um foi o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na última semana, que cresceram em
17 mil. O mercado esperava
uma elevação de no máximo
5.000 pedidos. O recuo no indicador de atividade dos gerentes
de compras nos EUA também
surpreendeu e foi mal recebido.
Na Europa não foi diferente:
a Bolsa de Londres terminou
com baixa de 1,68%; em Frankfurt, houve queda de 2,13%.
O mercado ficou mais pessimista em relação à pesquisa do
mercado de trabalho que vai
ser conhecida hoje nos EUA. O
mercado projeta que a taxa de
desemprego no país tenha subido de 9,7% para 9,8%. Um resultado pior que esse deve levar
a uma reação bastante negativa
do mercado financeiro.
Na Bovespa, as quedas pouparam poucas ações. Dos 63 papéis que estão no índice Ibovespa, 50 recuaram ontem.
Dentre as baixas mais fortes
apareceram Rossi Residencial
ON (-6,66%), e Gafisa ON
(-4,42%). Como esses papéis
estão entre os que mais subiram em 2009, foram alvo de
venda com a piora do mercado.
Dólar
Ontem o dólar inverteu o rumo e conseguiu encerrar mais
apreciado. A alta de 0,90% levou a cotação da moeda americana a R$ 1,788. No ano, o dólar
registra depreciação de 23,4%.
Na quarta-feira, quando o
dólar recuou para R$ 1,772, Sidnei Nehme, diretor da corretora de câmbio NGO, afirmou que
a descida deveria ser encarada
como algo pontual. "Não acho
sustentável a cotação em níveis
tão baixos, nem vejo o dólar se
aproximando de R$ 1,70", disse. Nehme explicou que "o
mercado futuro não trabalha
com a cotação do dólar abaixo
de R$ 1,80".
A última pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central junto
às instituições financeiras,
mostrou que a projeção média
para a cotação do dólar no fim
do ano é de R$ 1,80.
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