São Paulo, sexta-feira, 02 de outubro de 2009

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Dia ruim no exterior leva Bolsa de SP a recuar 1,7%

Bolsas têm perdas nos EUA; dólar sobe para R$ 1,788

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após o resultado bastante forte de setembro, o mercado financeiro iniciou o último trimestre do ano em terreno negativo. As Bolsas de Valores tiveram quedas elevadas, e o dólar recuperou um pouco de valor. A Bovespa terminou com baixa de 1,72%, aos 60.459 pontos. Foi a mais forte queda desde o pregão do dia 31 de agosto.
No mercado americano, houve baixa de 2,09% no índice Dow Jones, e recuo de 3,06% na Bolsa eletrônica Nasdaq.
Os poucos dados econômicos conhecidos ontem não foram muito animadores e o mercado aproveitou para corrigir os preços dos ativos. Com a falta de notícias que justificassem novas compras, a ordem foi vender ações e títulos que tinham boas altas acumuladas.
Ao menos dois dados conhecidos ontem serviram de justificativa para as Bolsas recuarem pelo mundo. Um foi o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na última semana, que cresceram em 17 mil. O mercado esperava uma elevação de no máximo 5.000 pedidos. O recuo no indicador de atividade dos gerentes de compras nos EUA também surpreendeu e foi mal recebido.
Na Europa não foi diferente: a Bolsa de Londres terminou com baixa de 1,68%; em Frankfurt, houve queda de 2,13%.
O mercado ficou mais pessimista em relação à pesquisa do mercado de trabalho que vai ser conhecida hoje nos EUA. O mercado projeta que a taxa de desemprego no país tenha subido de 9,7% para 9,8%. Um resultado pior que esse deve levar a uma reação bastante negativa do mercado financeiro.
Na Bovespa, as quedas pouparam poucas ações. Dos 63 papéis que estão no índice Ibovespa, 50 recuaram ontem.
Dentre as baixas mais fortes apareceram Rossi Residencial ON (-6,66%), e Gafisa ON (-4,42%). Como esses papéis estão entre os que mais subiram em 2009, foram alvo de venda com a piora do mercado.

Dólar
Ontem o dólar inverteu o rumo e conseguiu encerrar mais apreciado. A alta de 0,90% levou a cotação da moeda americana a R$ 1,788. No ano, o dólar registra depreciação de 23,4%.
Na quarta-feira, quando o dólar recuou para R$ 1,772, Sidnei Nehme, diretor da corretora de câmbio NGO, afirmou que a descida deveria ser encarada como algo pontual. "Não acho sustentável a cotação em níveis tão baixos, nem vejo o dólar se aproximando de R$ 1,70", disse. Nehme explicou que "o mercado futuro não trabalha com a cotação do dólar abaixo de R$ 1,80".
A última pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central junto às instituições financeiras, mostrou que a projeção média para a cotação do dólar no fim do ano é de R$ 1,80.


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