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Bancários mantêm paralisação e voltam a negociar com bancos
DA REPORTAGEM LOCAL
Os bancários decidiram
manter hoje a greve nas agências e centros operacionais e
continuar negociando com representantes da Fenaban (federação dos bancos).
As negociações foram suspensas ontem após cerca de nove horas de reunião. A paralisação por tempo indeterminado
completou ontem oito dias e
atingiu 6.944 agências no país,
segundo a Contraf-CUT (confederação nacional da categoria). Os representantes dos
bancos não fizeram estimativa
de adesão à greve, mas contestam os números dos sindicatos.
O que emperra o fechamento
de um acordo é a discussão sobre a PLR (Participação nos
Lucros e Resultados). Segundo
sindicalistas, a fórmula de cálculo apresentada aos trabalhadores reduz os valores da PLR a
ser distribuída em relação ao
pagamento do ano passado.
A categoria quer PLR de três
salários mais valor fixo de R$
3.850. No ano passado, os bancários receberam até 2,2 salários com limite de R$ 13.862.
A proposta da Fenaban prevê
o pagamento de 1,5 salário limitado a R$ 10 mil e a 4% do lucro
líquido do banco. E uma segunda parte de 1,5% do lucro (distribuído igualmente entre os
empregados) até R$ 1.500.
"Pela regra em vigor, os bancos têm de distribuir entre 5% e
15% de seu lucro liquido, mas
querem diminuir o teto para
4% do lucro líquido", diz Luiz
Cláudio Marcolino, presidente
do Sindicato dos Bancários de
São Paulo. Em São Paulo, a greve teve adesão de 34,5 mil bancários em 796 locais.
Além da PLR, os bancários
pedem 10% de reajuste (os bancos oferecem 4,5%), proteção
ao emprego em casos de fusões
e o fim do assédio moral e de
metas abusivas, que, segundo
os sindicalistas, provocam
maior número de doenças profissionais.
(CR)
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