São Paulo, terça-feira, 02 de novembro de 2004

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TRABALHO

Categoria fará assembléias

Bancário deve aceitar proposta da Fenaban

DA REPORTAGEM LOCAL

A Executiva Nacional dos Bancários, que representa a categoria nas negociações salariais com os bancos, decidiu ontem indicar que a proposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) seja aprovada nas assembléias dos funcionários do setor privado, que devem ocorrer até a próxima terça-feira.
A aprovação da proposta deve pôr fim ao impasse na campanha da categoria, que já dura meses e incluiu uma greve de 30 dias, a mais longa do setor financeiro.
Na última quinta-feira, a Fenaban fez uma proposta em que aumentou o valor da cesta-alimentação (que será paga uma única vez) de R$ 217 para R$ 700, o que permitiu que os bancários aceitassem avaliar a nova oferta.
Os demais itens da proposta foram mantidos desde as negociações que ocorreram em setembro -reajuste de 8,5% a 12,77%, dependendo da faixa salarial, e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 80% do salário mais R$ 705. A categoria pedia 19% de reajuste e abono de R$ 1.500.
Em São Paulo, a assembléia dos bancários será feita amanhã. A Executiva informou que vai defender a proposta dos bancos por "por entender que o processo de negociação já se esgotou".
Em relação aos 30 dias de greve, a Fenaban propôs que sejam compensados até 31 de janeiro de 2005. Após essa data, o saldo será zerado. "O resultado da campanha é fruto da luta dos bancários, que durante 30 dias resistiram às pressões e realizaram a maior greve da categoria dos últimos anos", disse Vagner Freitas, presidente da CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários) e coordenador da executiva.
Na sexta-feira, os bancários negociam com a direção do Banco do Brasil itens que não foram julgados pela Justiça do Trabalho, como cesta-alimentação e PLR. O TST (Tribunal Superior do Trabalho) julgou a greve no setor público e determinou reajuste de 8,5% a 12,77% e pagamento de abono de R$ 1.000.


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