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Postos de internet terão conexão discada
Teles fixas devem começar a instalar terminais em 2007 em todos os municípios; usuários terão de pagar onde não houver provedor
Ministério das Comunicações
queria que Anatel exigisse
acesso em alta velocidade,
mas agência diz que não
poderia impor regra às teles
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A partir do ano que vem, as
concessionárias de telefonia fixa terão de começar a instalar
PSTs (Postos de Serviços de Telecomunicações) em todos os
municípios. Os postos deverão
ter, além de telefone público,
um terminal de acesso à internet. Pelo calendário de implantação, até 2011 todos os municípios deverão ter um posto. O
acesso à internet será pago e
feito por meio de linha discada
(baixa velocidade). Nos municípios onde não houver provedor, os usuários terão que pagar
por uma ligação interurbana.
O Ministério das Comunicações vinha tentando fazer com
que a Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações) negociasse com as teles uma forma
de obrigar o fornecimento de
acesso à internet em alta velocidade, em vez de linha discada.
Uma das possíveis moedas de
troca, na avaliação do ministério, era a flexibilização do horário de funcionamento dos postos (inicialmente previsto para
ser das 8h às 20h), em troca do
fornecimento de acesso em alta
velocidade.
Ontem, no entanto, a Anatel
informou que não pode obrigar
as concessionárias de telefonia
fixa a oferecer acesso à internet
em alta velocidade. "As empresas são operadoras de serviço
de telefonia fixa, e, nesse serviço, a velocidade máxima é 64
kbps [kilobits por segundo]",
explicou o conselheiro Pedro
Jaime Ziller. "Nada impede que
as concessionárias ofereçam,
também, o acesso em banda
larga e cobrem por isso", disse.
O presidente da agência reguladora, Plínio de Aguiar Júnior, reconheceu que o acesso à
internet em baixa velocidade
tem limitações. "Será para um
uso eventual da internet", disse
Aguiar Júnior. Para ele, os terminais com acesso discado à internet respondem apenas "em
parte" pela universalização do
serviço.
Escolas
"A universalização será feita
por meio de acesso a internet
nas escolas", disse. Esse acesso
é feito com recursos do Fust
(Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações), que tem saldo de aproximadamente R$ 4,6 bilhões e
nunca foi usado.
A Anatel impôs às concessionárias pré-requisitos para a
instalação dos terminais de
acesso público à internet: monitor com diagonal de 25 cm
(dez polegadas, semelhantes
aos usados em alguns caixas de
supermercado), mouse ou
"trackball" (bola que serve para
direcionar o cursor) e porta
USB para que o usuário possa
conectar um pendrive e gravar
arquivos.
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