|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Audiência sobre imposto sindical acaba em confusão no Congresso
Autor de proposta de fim do desconto obrigatório sai escoltado por seguranças
LEANDRA PERES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em clima de assembléia, sindicalistas, empresários, governo e senadores se uniram para
defender a manutenção do imposto sindical, desconto obrigatório em folha de pagamentos que equivale a um dia de
trabalho por ano e serve para financiar sindicatos, federações,
confederações e, em breve,
centrais sindicais.
Emenda aprovada pela Câmara dos Deputados ao projeto
que legaliza a existência das
centrais sindicais acabou com a
cobrança automática do imposto e exige que, a partir de
2008, os trabalhadores paguem
diretamente a contribuição aos
sindicatos ou autorizem o desconto em seus salários.
Teoricamente, a audiência
pública presidida pelo senador
Paulo Paim (PT-RS), relator do
projeto na CAS (Comissão de
Assuntos Sociais), tinha como
objetivo discutir as várias opiniões sobre a mudança feita pelos deputados no financiamento do sistema sindical. Na prática, porém, a audiência teve um
cenário mais parecido com
uma assembléia de sindicato.
Dos quase 30 oradores, apenas o deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), autor da emenda
que acabou com a cobrança automática na Câmara dos Deputados, tentou falar contra o tributo, mas foi interrompido
inúmeras vezes por vaias.
"É assim que começa o fascismo", disse Carvalho em resposta a gritos de "mentiroso" e cartazes que o acusavam de querer
acabar com direitos dos trabalhadores. Uma confusão se armou entre parte da platéia e
cerca de 20 apoiadores do deputado. Os seguranças do Senado tiveram de intervir. Ao fim,
Augusto Carvalho deixou o auditório escoltado por dois deles.
Texto Anterior: Para distribuidora, Petrobras pretende reajustar gás em 30% Próximo Texto: Fim de ano: 13º salário deve injetar R$ 64 bilhões na economia, diz Dieese Índice
|