São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

Texto Anterior | Índice

"O caminhoneiro é quem vai pagar", diz sindicalista

DA REPORTAGEM LOCAL

O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de São Paulo tentou anular o leilão de rodovias com cinco ações judiciais. Em duas, os juízes indeferiram. As outras três não foram analisadas a tempo. Sem sucesso, sobrou ao vice-presidente do sindicato, Antônio Herculano da Silva Filho, criticar o processo de licitação realizado pelo governo do Estado.
Durante toda a quarta-feira, Silva Filho andou incansável pelo auditório do Instituto de Engenharia a fim de tentar conversar com quem estivesse disposto a ouvi-lo.
"Você sabe o que vai acontecer com os caminhoneiros depois desse leilão?", interpelava para depois dizer: "O caminhoneiro é quem vai pagar. Aliás, o caminhoneiro paga, mas isso vai se refletir na economia".
"O governo de São Paulo tem um regime ditatorial. Ninguém do governo discutiu com a classe caminhoneira sobre esse leilão. Ninguém quis ouvir o sindicato", afirmou. De acordo com a categoria, 60% das receitas das concessionárias de estradas saem dos transportadores rodoviários.
"O caminhoneiro vai para Belo Horizonte em uma estrada de 570 quilômetros e vai pagar R$ 8. O leilão da Raposo Tavares vai custar R$ 40 para o caminhoneiro. Veja se isso tem lógica", disse.
A categoria representa 254 mil caminhoneiros apenas no Estado de São Paulo. Silva defendeu o modelo de concessão adotado pelo governo federal.


Texto Anterior: Custo para usuário reflete investimento, e mais pedágio é "desejável", afirma secretário
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.