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"O caminhoneiro é quem vai pagar", diz sindicalista
DA REPORTAGEM LOCAL
O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de São Paulo tentou anular o leilão de rodovias com cinco ações judiciais. Em duas, os juízes indeferiram. As outras três não foram
analisadas a tempo. Sem sucesso, sobrou ao vice-presidente
do sindicato, Antônio Herculano da Silva Filho, criticar o processo de licitação realizado pelo governo do Estado.
Durante toda a quarta-feira,
Silva Filho andou incansável
pelo auditório do Instituto de
Engenharia a fim de tentar
conversar com quem estivesse
disposto a ouvi-lo.
"Você sabe o que vai acontecer com os caminhoneiros depois desse leilão?", interpelava
para depois dizer: "O caminhoneiro é quem vai pagar. Aliás, o
caminhoneiro paga, mas isso
vai se refletir na economia".
"O governo de São Paulo tem
um regime ditatorial. Ninguém
do governo discutiu com a classe caminhoneira sobre esse leilão. Ninguém quis ouvir o sindicato", afirmou. De acordo
com a categoria, 60% das receitas das concessionárias de estradas saem dos transportadores rodoviários.
"O caminhoneiro vai para
Belo Horizonte em uma estrada de 570 quilômetros e vai pagar R$ 8. O leilão da Raposo Tavares vai custar R$ 40 para o caminhoneiro. Veja se isso tem
lógica", disse.
A categoria representa 254
mil caminhoneiros apenas no
Estado de São Paulo. Silva defendeu o modelo de concessão
adotado pelo governo federal.
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