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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Consumidor deverá pagar
pelo aumento dos impostos
Como sempre, é o consumidor quem deve pagar pelo aumento do IOF (Imposto sobre
Operações Financeiras) e da
CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) do setor
financeiro, anunciados ontem
pelo governo. "O "spread" bancário [diferença entre a taxa de
juros do dinheiro captado e a
cobrada pelos bancos] vai subir", afirma Ana Carla Abrão
Costa, economista-chefe da
consultoria Tendências. "Isso é
preto no branco."
Isso porque o IOF e a CSLL
entram na composição do
"spread". O primeiro como tributação indireta e o segundo
como direta, que, com o IR, o
PIS e a Cofins que compõem o
bolo fiscal que responde por
25% do "spread".
"O primeiro efeito será o aumento no custo dos empréstimos bancários", diz Costa. "O
banco não terá prejuízo e repassará na conta, quando elaborar os juros de crédito. É péssima notícia para o consumidor
bancário, que pagará parte da
perda da arrecadação de um governo gastador." Alex Agostini,
economista-chefe da Austin
Ratings, tem a mesma visão.
"Crédito é um produto como
outro qualquer", diz. "O banco
cobrará mais e o tomador de
crédito é quem pagará a conta."
Para Joel Bogdanski, consultor de análise econômica do
Itaú, no entanto, não é garantido que os bancos aumentem o
"spread". "Os bancos vão fazer
as contas e ver se será necessário o aumento", afirma. "O
"spread" pode até não aumentar
em determinadas linhas."
Os economistas concordam
que a medida era esperada e foi
razoável. "Ninguém gosta de
aumento de impostos, mas a
decisão era esperada", diz Bogdanski. "Em outros momentos
de perda de arrecadação, a reação foi parecida."
Para eles, a decisão faz sentido do ponto de vista da política
monetária, já que o governo estava preocupado com o aumento do consumo e uma possível
alta da inflação. Ao elevar o custo dos empréstimos, o governo
tira liqüidez do mercado, que
será turbinado pelos R$ 40 bilhões deixados para o consumo,
com o fim da CPMF.
Sobram críticas aos cortes.
"O governo não atacou os gastos correntes, mas os investimentos", diz Agostini.
Para Costa, da Tendências, a
agenda de curto prazo sobrepôs-se à de longo prazo. "Foi a
decisão mais fácil de fazer nesse momento", diz ela. "Era a alternativa natural para quem
quer cortar o menos possível."
Dentistas lançam modelo de negócio voltado à classe C
Com foco na classe C, os
dentistas Gabriel Lembo e
Sandro Moreno criaram a
Simplan, uma clínica odontológica especializada em
implantes dentários a preços populares.
Entre os diferenciais estão
procedimentos dentários
nos quais não há corte, materiais nacionais que permitem redução de até 60% dos
custos e a oferta de três anos
de garantia ao cliente.
Inaugurada neste mês em
três bairros de São Paulo
(Paraíso, Ibirapuera e Santana), a rede vai adotar sistema de parcelamento, o chamado "carnê dentário".
Os sócios esperam crescimento de 50% no primeiro
ano do negócio.
POLÊMICA GELADA
A Cervejaria Petrópolis,
fabricante da Itaipava, conseguiu liminar na Justiça
contra a veiculação da campanha publicitária do Sindicerv (das indústrias de cerveja), que alerta para a proliferação de bactérias sob o
selo de papel alumínio colocado nas latas. A Itaipava é a
única cerveja que adota o selo. A Justiça prevê multa de
R$ 500 mil, caso o anúncio
seja veiculado. O Sindicerv
já recorreu.
CAFEZINHO
Nestlé, Sara Lee e Melitta
devem disputar cafés produzidos no Brasil e no Vietnã
que levam o selo de garantia
de produção com responsabilidade social e ambiental.
A Nestlé pretende, dentro de
dez anos, só usar esse tipo de
café no Nescafé.
CASA NOVA
A TIV Plásticos inaugura
amanhã sua nova fábrica,
em Diadema (SP).
DANÇA DE CADEIRAS
Olivier Weber, que comandou a operação brasileira e do Cone Sul da PepsiCo
Alimentos, foi promovido a
presidente para a América
do Sul e Caribe. Já o brasileiro Otto Von Sothen, que era
gerente-geral na região andina (Venezuela, Colômbia,
Peru e Equador), ocupará o
cargo de gerente-geral da
Pepsico Alimentos no Brasil.
O RETORNO
Há cinco anos, Sothen foi
diretor-geral da Quaker no
Brasil e volta graças aos resultados na região andina.
"Não haverá grandes mudanças na empresa", diz Sothen. A Pepsico Alimentos
inclui Elma Chips, Quaker,
Toddy e Coqueiro. A companhia espera aprovação do
Cade para consolidar a compra da Lucky.
SELVA
A Alcoa é o principal patrocinador de uma exposição sobre a Amazônia que
acontece em abril em NY.
SALA DE AULA
Heitor Peixoto, diretor-executivo da Business School São Paulo, que acaba de ser comprada pela Laureate International Universities e ampliou em 25% o número de executivos nos cursos em 2007 -foram 1.231 alunos de empresas como Atlas Schindler, Avaya, AmBev, Avon, Net e de grandes escritórios de advocacia; os cursos abordam temas como gestão de negócios e de pessoas, estratégia, negociação e marketing; em 2008, o plano é expandir a oferta de cursos para outras áreas
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