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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Empresa se comunicou mal, diz especialista
Muitas empresas foram atropeladas pela crise, mas poucas
souberam lidar bem com ela na
área em que poderiam se diferenciar: a da comunicação, dizem os especialistas. "Nenhuma empresa foi a vencedora do
ano do prêmio de comunicação
corporativa", diz José Roberto
Martins, sócio da consultoria
GlobalBrands. "Só quando foram pegas de calças nas mãos é
que vieram a público dizer o
que acontecia. Mesmo assim,
de forma primária."
Segundo Martins, a maioria
das companhias adotou a estratégia do avestruz. "É uma postura péssima para todas, mas
pior para as de capital aberto",
diz ele. "Nessa hora, tinham de
revelar conhecimento para divulgar as informações, só que
nenhuma foi competente."
Sadia e Aracruz, por exemplo, enfrentaram o mesmo problema. As duas tiveram perdas
milionárias em 2008 com os
derivativos cambiais, que são
contratos financeiros de proteção contra oscilação da moeda.
A postura de ambas foi oposta. A Sadia comunicou ao mercado o problema, quitou boa
parte da dívida e deu diversas
entrevistas à imprensa e aos
analistas. A Aracruz, por outro
lado, acreditou que o dólar voltaria a perder força e entrou
num processo arrastado de negociação com os bancos, ainda
não concluído. Recusou-se a
dar entrevistas ou a atender pedidos de informações.
Os investidores puniram as
duas na mesma medida. As
ações da Sadia caíram 60% desde o anúncio do prejuízo, enquanto as da Aracruz, que já tinham perdido 60% de seu valor, recuperaram-se nos últimos dias e fecharam a R$ 2,49
no dia 30, com redução de 49%
sobre o valor de 3 de outubro.
"A Aracruz preferiu o silêncio", diz Peter Ping Ho, analista
da corretora Planner. "Cada
vez que adia a conclusão das
negociações e não explica claramente os motivos, a empresa
continua prejudicando-se perante os investidores."
Mas a postura mais respeitosa com relação aos "stakeholders", como são chamadas as
pessoas que se relacionam com
as empresas, não teria de beneficiar a Sadia? Sim, dizem os especialistas, mas o retorno virá
no longo prazo e o benefício se
dará principalmente com relação à imagem. Já para recuperar a credibilidade financeira,
será um exercício de anos.
"Nenhuma delas foi completamente transparente com relação aos problemas de hedge,
derivativos, exportações e a sua
situação financeira em geral",
diz Martins. "A Petrobras, por
exemplo, tomou milhões emprestados, mesmo quando o
preço do petróleo ainda estava
num patamar relativamente alto. Alguém sabe explicar por
quê? Não. A Votorantim também vive numa zona cinzenta,
ninguém sabe o tamanho do
caixa que ela precisa."
Para Martins, a empresa que
se saiu melhor em termos de
comunicação na crise foi a Vale.
Mesmo tendo feito demissões,
a empresa veio a público explicar os motivos para a decisão.
"A Vale basicamente tem um líder", diz Martins, referindo-se
ao presidente da mineradora,
Roger Agnelli. "Ele circulou, se
expôs, disse o que estava acontecendo e assegurou que tomaria conta da história. É isso que
as empresas precisam: transparência e liderança."
Pesquisa dá nota 8,9 para telefonia móvel em SP
As operadoras de telefonia
móvel em São Paulo foram
avaliadas com nota 8,9 para
os serviços de voz e SMS e
com 7,4 para os de transmissão de dados. Esse é o resultado de uma pesquisa da Mobile Science, empresa especializada em informações
para o segmento de telefonia
móvel, realizada entre agosto e dezembro de 2008.
A partir de critérios como
disponibilidade, qualidade
de áudio e voz, interrupção
dos serviços e velocidade de
transmissão de dados, foram
avaliadas seis opções de operadoras e tecnologias na capital paulista: Claro (GSM e
3G), TIM (GSM) e Vivo
(CDMA, GSM e 3G).
A tecnologia CDMA da Vivo obteve a melhor nota nos
serviços de voz e de SMS. Já a
Claro 3G foi a mais bem avaliada no critério de transmissão de dados.
"Apesar de a média geral
ser satisfatória, existem diferenças sensíveis em determinados critérios entre as operadoras e tecnologias que,
dependendo das necessidades do usuário, seja ele pessoa física ou cliente corporativo, podem significar benefícios ou dificuldades", afirma Jorge Schreurs, presidente da Mobile Science.
A avaliação dos serviços foi
feita pelo mNIPI (Mobile
Network Improvement Performance Indicator), produto da empresa capaz de analisar o desempenho das linhas.
CARROS:
FIAT ENCERRA ANO COMO LÍDER DE VENDAS PELA 7ª VEZ CONSECUTIVA
A Fiat foi a líder de vendas de veículos no Brasil em 2008, sétimo ano consecutivo que obteve esse resultado. A montadora emplacou 657.778 automóveis e comerciais leves no ano passado, crescimento de 8,3% em relação a 2007, segundo dados preliminares do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). A produção da Fiat alcançou 743.756 veículos em 2008, 3,7% mais que em 2007.
PÉ DIREITO
Olavo Maciel Neto e Sidnei Brandão, sócios da Ville Du
Vin, loja multimarcas de vinhos, começam o ano com duas
lojas novas -no bairro paulistano Chácara Klabin e em São
José do Rio Preto- e vão inaugurar mais uma nos próximos
15 dias no bairro Moema. Segundo Maciel, a empresa cresceu 30% em 2008 e a meta é se expandir em 40% neste ano
com a abertura das novas lojas. Eles admitem que foram pegos de surpresa pela crise, mas não pensaram em cancelar
os planos de investimento porque acreditam que o mercado
de vinhos está em expansão. "O consumo de vinhos é crescente. As pessoas estão substituindo outras bebidas pelo vinho porque ele é mais saudável", afirma Brandão.
ORÉGANO
A Pizza Hut da rua Amauri, no bairro Itaim, em São
Paulo, forneceu 300 pizzas
para a equipe de produção
do último show da Madonna. Foram feitas 60 viagens
para atender o pedido.
GELADEIRA
A Cemar (Companhia
Energética do Maranhão)
está investido mais de R$ 5
milhões em ações para combater o desperdício de energia elétrica. Um dos projetos
é a doação de geladeiras a
pessoas de baixa renda para
substituir outras que estejam em estado precário de
conservação e que apresentem alto consumo de energia elétrica. O programa prevê a doação de 5.250 refrigeradores e 13 mil lâmpadas
fluorescentes.
ISQUEIRO
A Pixel Labs acaba de desenvolver quatro plataformas interativas em forma de
lounge que serão montadas
em diversas cidades do Brasil para divulgação dos lançamentos Marlboro Ice
Mint e Marlboro Ice Fresh,
da Philip Morris a partir
deste mês. As plataformas
têm telas sensíveis ao toque
que mostram vídeos ou imagens 3D interativas sobre os
produtos.
COMUNIDADE
A Drogasil renovou a parceria com a Ação Comunitária, ONG com iniciativas nas
áreas de educação e cultura.
A rede vai manter três turmas no Programa Crescer,
que reunirá um total de 60
crianças e adolescentes em
atividades educativas.
com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI e CRISTIANE BARBIERI (interina)
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