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CONCORRÊNCIA
SDE faz buscas para apurar cartel no setor de cimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de três anos de investigação por suspeita de
cartel no setor de cimento, a
Secretaria de Direito Econômico obteve indícios suficientes para justificar buscas
e apreensões na sede de seis
empresas e duas associações,
anteontem. A operação foi
levada a cabo por policiais federais e teve apoio ainda da
Advocacia Geral da União.
A SDE informou que o processo corre em sigilo, sem explicar a razão do segredo e
sem dar nenhum detalhe.
Segundo apurou a Folha, a
Votorantim, a Cimento
Mauá e outras grandes empresas do setor receberam
agentes da Polícia Federal e
tiveram sua documentação
devassada. Ambas negam
condutas lesivas à livre concorrência do mercado.
O diretor jurídico da Lafarg Brasil, Eduardo Garcia,
negou a prática de cartel,
confirmou a visita de policiais e considerou "normal"
a busca. A Lafarg controla a
Cimento Mauá e se apresenta como a líder mundial do
setor de construção civil.
A assessoria de imprensa
da Votorantim informou que
a empresa ficou "surpresa"
com a "atitude e o modelo de
investigação" adotado pela
Secretaria de Direito Econômico porque vem colaborando com as autoridades desde
o início da apuração.
Em 2003, a SDE notificou
as dez principais empresas
do setor sobre a abertura de
um procedimento administrativo para investigar cartel
no setor. Há suspeitas, segundo nota divulgada ontem
pela secretaria, de combinação de "preços de cimento e
concreto", divisão dos mercados regionais e de "mapear
e manipular a clientela e impedir a entrada de novos
concorrentes". O Sindicato
Nacional da Indústria do Cimento não se manifestou até
a conclusão desta edição.
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