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Greenspan agora diz que recessão não é provável
Para ele, previsão para um prazo muito longo é "incerta"
DA REDAÇÃO
O ex-presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA)
Alan Greenspan disse na quinta-feira que é possível que a
economia americana entre em
recessão até o final deste ano,
mas que não é provável. Além
disso, transcrição de parte de
seu discurso da segunda-feira
mostra que ele está menos pessimista com o cenário dos Estados Unidos do que fora interpretado anteriormente.
Segundo o "Wall Street Journal", Greenspan afirmou no
início desta semana que não
descartava a possibilidade de
recessão no fim de 2007, mas
que não estava tão preocupado
quanto o megainvestidor George Soros (que disse no final de
2006 acreditar em recessão
neste ano nos EUA).
O antecessor de Ben Bernanke no Fed também disse que
era muito "incerto" fazer previsões para um prazo muito longo. "Seis, oito meses no futuro é
uma previsão muito distante."
As declarações iniciais de
Greenspan foram apontadas,
junto com os indicadores da
economia americana e a desvalorização na Bolsa de Xangai,
como motivo para a queda no
mercado de Nova York, na terça-feira. Na ocasião, a fala do
ex-presidente do Fed foi publicada sem os atenuantes e foi interpretada como se, na visão de
Greenspan, fossem maiores as
chances de recessão.
Na quinta-feira, em conversa
via satélite com investidores no
Japão, Greenspan pareceu querer reforçar a sua posição. "As
coisas parecem ir razoavelmente bem no curto prazo para
os EUA e para o mundo. [Mas]
não podemos simplesmente
supor que esse período extraordinário de recuperação vá continuar indefinidamente."
Ele acrescentou que "o pior
já passou" no setor imobiliário
americano (um dos problemas
da economia dos EUA), mas
que o mercado deve continuar
fraco. Para ele, os efeitos das
queda no setor imobiliários só
não tiveram um impacto maior
na economia porque os preços
dos combustíveis caíram.
Sem previsão de recessão
William Poole, presidente regional do Fed de St. Louis, disse
que, embora "exista a possibilidade de recessão" nos EUA, o
BC americano não prevê esse
cenário e a estimativa de consenso é de crescimento de 2,5%
a 3% no próximo ano.
"Nós não vemos uma recessão se aproximando. [Embora]
não exista nenhuma garantia,
essa é a projeção que temos."
Já o secretário do Tesouro,
Henry Paulson, disse que a volatilidade é normal no mercado
financeiro e que não é um sintoma dos problemas na economia dos Estados Unidos.
Ele reconheceu problemas
nos setores industrial e imobiliário, mas disse que há "pontos
brilhantes", como exportações
e gastos do consumidor.
Com agências internacionais
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