|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Relatório de comércio dos EUA critica a Rodada Doha e o Brasil
DE WASHINGTON
No primeiro relatório anual
sobre comércio exterior divulgado sob o governo de Barack
Obama, o escritório federal do
setor reforça o temor da comunidade internacional de uma
nova onda de protecionismo
estimulada pela administração
democrata ao endurecer o discurso em relação a Doha.
Sobre as negociações de liberalização do comércio mundial,
o texto divulgado ontem pela
Secretaria Especial de Comércio Exterior (USTr, na sigla em
inglês) diz que ainda há interesse do país por uma conclusão
positiva, mas que a atual situação prejudica os EUA.
"Será necessário corrigir o
desequilíbrio nas atuais negociações", diz o texto, nas quais
os EUA supostamente revelam
o que estão dispostos a dar e receber mas não fica claro quanto
seus trabalhadores, fazendeiros e empresários perderão.
Sobre o Brasil, mencionado
146 vezes no texto, o texto levanta todos os contenciosos comerciais entre os dois países,
diz que o país é um dos líderes
em reclamações na Organização Mundial do Comércio
(OMC) e critica o que chama de
"falta de transparência no sistema de licenciamento de importação" brasileiro.
Em outro momento, elogia a
presença do Brasil "na mesa da
liderança" das negociações de
Doha, para então dizer: China,
Brasil e Índia "têm desfrutado
um novo nível de influência, e
espera-se que aceitem um nível
maior de responsabilidade ao
tomar decisões comerciais e fazer contribuições que venham
a beneficiar não só seus interesses econômicos mas também" os de outros países em
desenvolvimento.
Apesar de divulgado agora, o
texto foi feito em grande parte
ainda sob a batuta da representante comercial do governo de
George W. Bush, Susan
Schwab. Ron Kirk, o indicado
por Barack Obama para sucedê-la, passa por sabatina no Senado nesta semana.
O ex-prefeito de Dallas chega
a sua audiência de confirmação
sob uma sombra: na segunda,
foi revelado que ele deixou de
pagar US$ 10 mil devidos em
imposto de renda por palestras
dadas no início da década.
Texto Anterior: Barreira argentina afeta 10% das vendas, diz governo Próximo Texto: Venda de carros em fevereiro supera 2008 Índice
|