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TRABALHO
IBGE apura taxa média de 7,73% em seis regiões metropolitanas em janeiro, contra 6,32% em dezembro de 98
Desemprego em SP é recorde com 9,18%
CHICO SANTOS
da Sucursal do Rio
A taxa de desemprego medida pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
foi de 7,73% em
janeiro, a maior
daquele mês desde 1983, quando a
pesquisa começou a ser feita. Em
dezembro de 98 a taxa foi de
6,32%, e em janeiro do mesmo ano
o índice havia sido de 7,25%, até
então o pior janeiro da série.
Em São Paulo, uma das seis regiões metropolitanas pesquisadas,
a taxa de janeiro foi de 9,18%, o
maior índice mensal da história da
pesquisa na capital paulista. Em
dezembro de 98 a taxa de São Paulo havia sido de 7,26%, e em janeiro, de 8,51%.
A taxa recorde de desemprego de
São Paulo foi puxada pela construção civil, com 10,70%, seguida pelo
comércio, com 10,13%. Na indústria de transformação paulista, o
índice foi de 9,41%.
O número global de janeiro ficou
abaixo das expectativas do mercado, que esperava um índice até de
9%. A maior taxa mensal da história da pesquisa foi de 8,28%, registrada em maio de 1984.
Para Shyrlene Ramos de Souza,
chefe da Consultoria Econômica
do Departamento de Emprego e
Rendimento do IBGE, a taxa vai
continuar crescente, devendo fechar o primeiro semestre "igual ou
ligeiramente acima" da média do
mesmo período de 98 (7,81%). A
taxa média de 98 foi de 7,59%.
Na avaliação de Shyrlene, o aumento do desemprego em janeiro
deve ser creditado em parte à redução da atividade econômica, devido à crise, e em parte a um fenômeno típico do mês (o desemprego
sempre aumenta em janeiro).
Quanto à desvalorização do real
e à instabilidade da taxa de câmbio, disse que é necessário esperar
algum tempo para medir seus efeitos no mercado de trabalho.
Sobre o índice abaixo das expectativas, a chefe da consultoria atribui, principalmente, ao crescimento do número de pessoas que
desistiu de procurar emprego no
período.
De acordo com a pesquisa do IBGE, a população economicamente
ativa (pessoas em idade de trabalhar que trabalham ou procuram
emprego) foi reduzida em 31,5 mil
pessoas, passando de 17,51 milhões
em dezembro para 17,48 milhões
em janeiro nas seis regiões.
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