da Sucursal do Rio

O número total de desempregados nas regiões metropolitanas pesquisadas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) passou de 1,27 milhão em janeiro e 1,10 milhão em dezembro de 98 para 1,35 milhão em janeiro deste ano.
O melhor resultado por região metropolitana foi do Rio de Janeiro, com 5,37%, seguido de Porto Alegre, com 5,71%.
Por setor de atividade, no conjunto das regiões, a maior taxa de janeiro ficou com a construção civil, com 9,60%, seguida da indústria de transformação, com 8,45%. No comércio, o desemprego foi de 8,17%, e nos serviços, de 6,10%. Em janeiro de 98 a liderança havia sido da indústria de transformação, com 8,82%.
Como a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) só considera desempregado quem procurou emprego nos últimos sete dias, a taxa não capta quem desistiu de procurar trabalho ou está vivendo de "bicos", como ocorre, por exemplo, com a pesquisa Seade-Dieese.
Para Shyrlene Ramos de Souza, chefe da Consultoria Econômica do Departamento de Emprego e Rendimento do IBGE, o afastamento de pessoas do mercado em janeiro é normal, mas, em sua opinião, este ano foi especialmente alto. Ela não explicou as razões disso.
Shyrlene disse que o número não pode ser explicado pelo fenômeno conhecido como desalento, que ocorre quando a pessoa desiste de trabalhar porque não consegue outra colocação. Segundo ela, o desalento só ocorre quando o período de afastamento é longo.


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