São Paulo, terça-feira, 03 de abril de 2001

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MERCADO FINANCEIRO

Resultado negativo da balança comercial no mês passado faz moeda dos EUA fechar a R$ 2,167

Com poucos negócios, dólar sobe 0,6%

DA REPORTAGEM LOCAL

O preço do dólar ganhou fôlego na tarde de ontem após a divulgação dos números da balança comercial brasileira no mês passado. Apesar de o resultado negativo ser esperado, a procura pela moeda norte-americana se intensificou, e o dólar fechou vendido a R$ 2,167.
O dólar comercial foi negociado em alta durante todo o dia. A valorização de 0,60% ontem fez o ganho acumulado da moeda dos EUA em relação ao real subir para 11% neste ano.
Um dos pontos de sustentação do mercado de câmbio são os dólares provenientes do comércio com o exterior: se o volume de exportações é menor que o de importações, isso significa que menos dólares estarão disponíveis para serem negociados.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o inexpressivo volume financeiro negociado ontem mostra o desânimo dos investidores com o mercado de ações.
O movimento ficou em R$ 426 milhões. Em janeiro, mês em que as apostas na Bolsa paulista eram mais fortes, o volume médio diário era de R$ 726 milhões.
Com o fraco giro, a Bovespa acompanhou o desempenho negativo do mercado acionário norte-americano e terminou o dia com 3,16% de perdas.
A desvalorização fez o Ibovespa -índice que reflete o comportamento dos 56 papéis mais negociados na Bolsa- cair abaixo dos 14 mil pontos (13.981), patamar em que não fechava desde o início de dezembro do ano passado.
A divulgação da primeira prévia do Ibovespa, que estará em vigor entre os meses de maio e agosto, não trouxe surpresas que acabassem se refletindo nos negócios do dia.
"O papel PN da Telemar é disparado o principal da Bolsa no momento", diz o analista da corretora Socopa, Michel Campanella. "Por isso, o maior peso do papel no índice já era esperado."
Na liderança das baixas no pregão, ficaram as ações ordinárias (com direito a voto) da Light, com queda de 8,4%, seguidas pelas ON da Telemar, que caíram 7,9%.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), as projeções das taxas dos contratos DI (juro interbancário) recuaram. No contrato de outubro, o mais negociado, a taxa recuou de 19,62% para 19,21%. (FABRICIO VIEIRA)


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