São Paulo, sábado, 03 de abril de 2004

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Indústria pára de fechar vagas após 43 meses

DA REDAÇÃO

A criação de 308 mil empregos em março ocorreu com a expansão nos principais setores da economia norte-americana. O único a não crescer foi a indústria, que, porém, deixou de fechar vagas depois de 43 meses -o saldo foi zero.
A construção civil, com 71 mil postos de trabalho, foi quem mais influenciou o saldo positivo. O setor havia fechado 21 mil empregos em fevereiro, resultado atribuído ao inverno rigoroso nos EUA.
O setor de saúde e assistência social contribuiu com 36 mil vagas, e o varejo, com 47 mil. O resultado deste último, porém, foi atribuído ao fim de uma greve em supermercados na Califórnia.
Economistas avaliam que o país precisa criar cerca de 150 mil postos de trabalho por mês para manter a taxa de desemprego sob controle. Em janeiro, foram criadas 159 mil vagas, e, em fevereiro, 46 mil.
"As empresas compreenderam que devem contratar para seguir em curso em uma economia que cresce rapidamente", disse o economista Joel Naroff. A alta da produtividade é uma das explicações para a expansão sem gerar empregos.
Os dados influenciaram os mercados. O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, subiu 0,94%, e o Nasdaq, que reúne as ações das empresas de alta tecnologia, 2,09%.
Nem todo o relatório, porém, mostrou dados positivos.
Não houve variação no indicador de horas extras. A média semanal de horas trabalhadas caiu de 33,8 para 33,7 no mês passado. Na atividade manufatureira, essa média caiu de 41 para 40,9 horas semanais.
Segundo analistas, esses dados indicam que os empregadores não vêem muita necessidade de contratações para suprir a demanda vigente.
O número de empregados que não trabalham em período integral cresceu de 4,4 milhões em fevereiro para 4,7 milhões.
Segundo o relatório, um trabalhador fica desempregado em média mais de 20 semanas, o maior período em 20 anos.


Com agências internacionais


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