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análise
Slim pode ter chance única de dominar Brasil
DO "FINANCIAL TIMES", NA CIDADE DO MÉXICO
A América Móvil, do mexicano Carlos Slim, tem "uma
oportunidade única" de ter
posição dominante no mercado brasileiro, por meio da
aquisição da Telecom Italia,
segundo analistas.
Jesús Romero, do banco
Merrill Lynch, destacou como a América Móvil poderia
usar seus planos conjuntos
com a AT&T para criar a
maior operadora brasileira
de telefonia móvel.
Romero disse que a América Móvil, que tem 125 milhões de assinantes de telefonia móvel, principalmente
na América Latina, poderia
fundir suas operações brasileiras com as da Telecom Italia. A Claro, da América Móvil, é a terceira maior operadora de telefonia móvel brasileira, e a TIM Brasil, da Telecom Italia, a segunda.
Uma fusão as levaria a superar a Vivo, maior operadora de telefonia móvel brasileira, uma parceria entre a
Telefónica da Espanha e a
Portugal Telecom.
Caso o acordo entre
AT&T, América Móvil e Pirelli seja concluído, ele colocará forte pressão sobre a Telefónica para que ela assegure
o controle integral da Vivo.
Pessoas próximas à Portugal Telecom afirmaram no
mês passado que ela poderia
estar disposta a vender à Telefónica sua participação na
Vivo. A Telefónica em março
encerrou suas discussões
com a Pirelli, que se concentravam na possibilidade de
que o grupo espanhol adquirisse uma participação na
Olimpia e formasse uma
aliança com a Telecom Italia.
As operações da Telefónica se sobrepõem às da Telecom Italia na Argentina e
Alemanha, além do Brasil.
Mas a AT&T não tem sobreposição com relação ao
grupo italiano, disse Ottavio
Adorisio, do UBS. Nick Delfas, analista do Morgan Stanley, disse que a justificativa
para o interesse da América
Móvel na Telecom Italia era
"clara", mas que no caso da
AT&T ela "era menos óbvia".
Delfas disse que, para a
AT&T, tomar uma grande
operadora européia de telecomunicações como alvo
"seria uma profunda mudança de estratégia".
A AT&T disse que o acordo
proposto com a Olimpia era
parte de uma iniciativa para
garantir que ela possa apoiar
empresas multinacionais
onde quer que operem, oferecendo-lhes uma gama
completa de serviços.
A AT&T precisa desenvolver relacionamentos com
grupos de telecomunicações
fora dos Estados Unidos para
oferecer aos usuários acesso
local à sua rede mundial.
Sob Ed Whitacre, presidente-executivo da AT&T, a
empresa se tornou o maior
grupo americano de telecomunicações por meio de
uma série de aquisições.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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