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EVENTO
David Landes defende supremacia ocidental
Professor faz uma releitura da história
GILSON SCHWARTZ
da Equipe de Articulistas
A história do capitalismo, reescrita várias vezes, acaba de ganhar mais uma releitura, assumidamente conservadora e europocêntrica. Já na sua segunda edição brasileira pela Editora Campus, "A Riqueza e a Pobreza das
Nações", de David S. Landes, foi
o centro do debate promovido
pela Folha na semana passada,
junto com o Nupri (Núcleo de
Pesquisa em Relações Internacionais) da Universidade de São
Paulo e com a participação do
economista Sérgio Buarque de
Holanda Filho, da FEA (Faculdade de Economia e Administração). O evento contou ainda com
o apoio da CNI (Confederação
Nacional da Indústria).
A interpretação de Landes sublinha os avanços tecnológicos
ocidentais, mesmo em campos
onde a civilização oriental ou a
islâmica tinham feito avanços
anteriores, como no uso da pólvora ou da ótica.
"Os chineses dominavam a pólvora, mas a usavam para fazer fogos de artifício", advertiu o professor da Universidade Harvard.
Mas somente os europeus foram
capazes de fazer uso militar da
pólvora. O professor Buarque de
Holanda Filho ressaltou a influência de economistas como
Joseph A. Schumpeter na visão
de Landes, assim como do sociólogo Max Weber.
Mas, na sua própria visão, uma
das consequências da obra de
Landes é uma necessária reavaliação da questão nacional como
elemento decisivo no processo
de desenvolvimento das nações.
Há fatores técnicos, como o desenvolvimento precoce de uma
indústria de armas nos EUA, ainda durante o período colonial.
Mas o recurso ao protecionismo
teria sido importante elemento
diferenciador, segundo o professor da FEA-USP.
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