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EXPURGOS
Juíza manda executar ação que pede os 44,8%
Metalúrgicos de SP podem receber perda do FGTS de 90 de uma só vez
DA REPORTAGEM LOCAL
A juíza Tania Regina Marangoni Zauhry, da 16ª Vara da Justiça
Federal em São Paulo, determinou que o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região execute a ação de cobrança da correção de 44,8% nas
contas do FGTS referente ao Plano Collor 1 (abril de 90).
O sindicato entrou com ação
coletiva, em abril de 1993, contra
o expurgo de 44,8%. Como não
cabe mais nenhum recurso nessa
ação, a juíza determinou sua execução. Significa que os cerca de
350 mil metalúrgicos filiados ao
sindicato naquela época terão de
apresentar documentos para se
habilitar a receber o valor.
Em relação ao acordo feito pelo
governo e as centrais sindicais,
nesse caso não haveria parcelamento (o pagamento teria de ser
feito de uma só vez) e haveria juros (de pelo 0,5% ao mês) e correção (no acordo não há esses acréscimos). Além disso, os metalúrgicos que já assinaram o Termo de Adesão poderão desistir e ingressar na ação do sindicato.
Segundo a assessoria de imprensa do deputado Luiz Antonio
de Medeiros (PL-SP), presidente
do sindicato na época do início da
ação, a diferença a receber é significativa. Pelo comunicado da
CEF, Medeiros tem R$ 4.065 para
receber. Pela ação, o valor é bem
maior: R$ 15.718.
Para se habilitar a receber a diferença, cada trabalhador precisa
entregar alguns documentos ao
sindicato da sua região.
A assessoria de imprensa do
Ministério do Trabalho disse ontem que o governo não se pronunciaria sobre a ação por não ter sido comunicado e por desconhecer seu conteúdo.
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