|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PETRÓLEO
Queda atingiu gás também
Petroleiro pára e cai a produção de óleo bruto
DA SUCURSAL DO RIO
Numa paralisação de 24 horas,
marcada para terminar à 0h de
hoje, os petroleiros conseguiram
reduzir a produção de óleo bruto
da bacia de Campos (RJ). Segundo a FUP (Federação Única dos
Petroleiros), a redução foi de 30%.
A Petrobras informou que a queda na produção de óleo foi menor: de 10% a 15%.
Tanto a estatal quanto a FUP informaram que 23 das 37 plataformas da bacia, que responde por
80% da produção nacional, deixaram de produzir parcialmente
óleo e gás. Equipes de emergência
da estatal garantiram parte da
produção interrompida pelos
grevistas. No caso do gás natural,
a FUP estimou uma queda de 15%
na extração. A Petrobras não
quantificou a redução. Informou
apenas ter sido pequena.
De acordo com a FUP, aderiram
à greve, em média, 90% dos trabalhadores das dez refinarias da Petrobras. Nas refinarias, não houve
troca de turnos. Os trabalhadores
que estavam nas unidades às
23h30 de anteontem não tinham
sido substituídos até a meia-noite
de ontem. Esses operários garantiram a produção de derivados e o
abastecimento à população, que
esteve normalizado.
Em todas as refinarias houve
paralisação de funcionários, como a Reduc (Rio), Paulínia e Cubatão (SP), Refap (Rio Grande do
Sul), Relan (Bahia) e Regap (Minas Gerais). Também pararam
terminais de escoamento de óleo,
como o de Cabiúnas (RJ) e Alemoa (SP).
O objetivo do movimento é
pressionar a estatal a aumentar a
participação nos lucros. A FUP
não descarta novas paralisações
temporárias. De acordo com a categoria, a Petrobras só quer pagar
3,3 salários-base de bônus, contra
4,5 no ano passado, apesar de o
lucro ter ficado praticamente estável, em cerca de R$ 10 bilhões
nos dois anos.
A Petrobras contesta a FUP. Informa que, ao todo, pagará 5,7 salários, incluindo uma parcela de dois salários já quitada na época da greve de outubro passado.
Texto Anterior: Salto no escuro: Atraso no seguro-apagão dará multa Próximo Texto: Combustíveis: Gasolina deve custar menos, diz Procon-DF Índice
|