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folhainvest
Com Bolsa em baixa, siderurgia é destaque de alta
Papéis de empresas dos segmentos têxtil e de mineração também registram uma valorização acima do Ibovespa
O papel preferencial "A"
da Vale é o mais negociado
na Bolsa, com valorização
de 11,17% no ano; o papel
ON da MMX se destaca
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar do resultado negativo
da Bolsa de Valores de São Paulo em 2010, há setores e papéis
com retornos bastante interessantes no período. Siderurgia,
mineração e têxtil se destacam,
com desempenho bem acima
do Ibovespa. O principal índice
da Bolsa brasileira registra desvalorização de 1,54% no ano.
Os setores de mineração e siderurgia, bastante direcionados ao mercado externo e ligados ao desempenho das commodities, têm estado entre os
mais destacados, com ganhos
de 11,39% e 7,17%, respectivamente. Os dados pertencem a
levantamento da Economática.
Dentre as ações mais negociadas e tradicionais da Bolsa, o
destaque fica com a Vale. A
companhia tem atraído os investidores com sua vitoriosa
negociação para reajuste do
minério de ferro. Seu papel preferencial "A", que tem sido o
mais negociado da Bolsa, registra alta de 11,17% no ano.
Outro destaque individual
nessa área é o papel ON da
MMX Mineração, com alta acumulada de 26,75%.
"Mesmo com o mês de abril
não tendo sido muito bom, o setor siderúrgico se mantém com
bom desempenho no ano. Usiminas e Companhia Siderúrgica Nacional têm crescido na
produção de minério de ferro e
gerado boas expectativas", avalia Pedro Galdi, analista-chefe
da SLW Corretora.
As ações ordinárias (com direito a voto) da CSN têm valorização anual de 15,29%; Usiminas PNA subiu 13,92%.
No topo da Bolsa aparece o
setor têxtil -composto por um
total de 31 papéis. O problema é
que essas ações têm baixa liquidez, o que é negativo caso o investidor queira se desfazer do
ativo no curto prazo.
Como um todo, o setor têxtil
tem ganho médio de 19,14% no
ano. Chama a atenção a alta da
ação ON da Hering, que está em
33,81%.
No outro extremo da lista
aparece o setor de construção
civil, com depreciação de
11,90%. Mesmo com o setor de
construção aquecido e as projeções de crescimento da economia brasileira nos próximos
trimestres, as ações do segmento têm ficado para trás.
"O descolamento [do setor]
nos parece excessivo e esperamos uma correção em breve",
afirma, em relatório setorial, a
Gradual Investimentos.
Na análise da Gradual, as
ações da Rossi Residencial, que
estão com baixa de 16% no ano,
têm potencial de alta de 32,3%
-considerando-se o preço-alvo
de R$ 17 apontado pela corretora. "A empresa é uma companhia focada no segmento de
imóveis residenciais voltados à
classe econômica, que continua
crescendo", avalia.
Uma das decepções do ano é
a Petrobras. Mesmo com o barril de petróleo cotado a US$
86,15 em Nova York, com quase
9% de apreciação no ano, as
ações da Petrobras amargam
elevadas baixas.
Devido a seu peso no mercado, a queda da petrolífera prejudica também o desempenho
do índice Ibovespa. A ação ON
da empresa está com perdas de
10,69% em 2010, enquanto a
PN tem baixa de 9,93%.
"O resultado ruim da Petrobras na Bolsa não tem ligação
com o cenário externo, que tem
sido positivo para o petróleo. O
que tem segurado a ação da
companhia é o problema da capitalização que planeja fazer,
mas que ainda não está totalmente acertada. Com isso, o investidor tem preferido esperar,
até que haja uma definição sobre o tema", afirmou Galdi.
Fora da curva
Como ocorreu em 2009, as
ações da Telebrás têm se mantido com retorno muito acima
das outras teles -e da Bolsa.
Ainda embalada pelas expectativas em torno do futuro desenvolvimento do Plano Nacional
de Banda Larga, as ações PN da
Telebrás têm brilhado na Bovespa, com apreciação acumulada de 166,67% em 2010.
Mas a realidade de outras
empresas do setor de telecomunicações é bastante distinta.
As ações da Telemar (Oi), por
exemplo, registram depreciação anual de 21,73%. Para o papel da TIM participações, a baixa é de 9,15% no ano.
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