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Emprego nos EUA e ata do Copom são os destaques
Semana traz ainda o IPCA de abril e pesquisa industrial
PAULA NUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A agenda da primeira semana de maio traz como destaques o relatório de emprego
dos Estados Unidos e a divulgação da ata do Copom (Comitê
de Política Monetária).
Entre os indicadores domésticos, a apresentação da ata da
última reunião do Copom,
ocorrida na semana passada, é
aguardada com ansiedade
maior pelo mercado.
Após manter a taxa básica de
juros em 8,75% em março,
quando parte do mercado contava com a possibilidade de o
Copom iniciar o ciclo de alta, o
BC resolveu aumentar a taxa
Selic em 0,75 ponto percentual
no encontro da última quarta.
Com a alta da Selic, o Brasil
manteve a posição de maior taxa de juros reais do mundo.
Como a medida foi tomada
levando em conta a tendência
de alta inflacionária registrada
na apresentação dos indicadores de consumo durante todo o
primeiro trimestre do ano, os
dados da pesquisa industrial
mensal de março e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) de abril ganham ainda
maior relevância.
O IPCA é apresentado pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) e é importante por ser utilizado pelo
Banco Central para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas
de inflação. Ele será divulgado
na sexta-feira.
Analistas ressaltam que, se a
inflação não desacelerar nos
meses de maio e junho, ela se
posicionará acima da expectativa do Banco Central para o
primeiro semestre.
Observando os preços praticados no varejo, medidos pelo
IPCA, alimentos, vestuário e
remédios, mais o crescimento
do consumo de artigos pessoais, devem manter os indicadores inflacionários inchados.
Outros produtos que, segundo os economistas, estão apresentando consideráveis altas
nos preços são artigos importantes para a indústria como
papel, celulose e componentes
químicos. Os produtos agrícolas também estão pressionando
para cima os preços praticados
no atacado.
Durante a semana, serão
apresentados outros indicadores inflacionários, como o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) que sai hoje, e
o IGP-DI, que será conhecido
na quinta-feira. Ambos os índices são medidos pela FGV
(Fundação Getulio Vargas).
Volatilidade
Problemas fiscais na Europa,
em meio ao temor de que a Grécia não consiga pagar sua dívida, e a lentidão na recuperação
econômica dos países desenvolvidos devem manter a tendência de volatilidade dos mercados, pelo menos no curto
prazo, afirmam os analistas.
Nos EUA, a semana começa
com a publicação dos indicadores de atividade industrial e os
que medem a renda mensal dos
cidadãos norte-americanos. Os
dois são apresentados hoje.
No entanto, o grande destaque refere-se aos dados de mercado de trabalho a serem divulgado na quarta-feira, afirma o
economista Eduardo Otero, da
Um Investimentos. "Deve-se
observar que a taxa de desemprego nos EUA ainda beira os
10% e que a estatística em questão deverá ser influenciada pelas contratações temporárias."
Os temores cada vez maiores
com relação à situação fiscal
europeia, mais o rebaixamento
de Portugal e Espanha pela
agência de classificação de risco Standard & Poor's, deixaram
os investidores pessimistas em
relação à zona do euro.
Destaques europeus ficam
com a divulgação das vendas no
varejo em março, na terça-feira, e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu, na quinta-feira.
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