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São Paulo, terça-feira, 03 de junho de 2003

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CURTO-CIRCUITO

Consumo cresce só 2%

Indústria gasta menos energia que o previsto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O consumo de energia elétrica pela indústria cresceu pouco em março deste ano em relação a igual mês de 2002. Houve crescimento de 2% no uso de eletricidade pelo setor -3,4% a menos que a estimativa do governo.
De acordo com informe mensal divulgado ontem pela Eletrobrás, o crescimento do consumo de energia industrial é sustentado, principalmente, "pela extração de petróleo, setores ligados à exportação e agroindústria".
Às voltas com a crise econômica, o principal pólo industrial do país, no Sudeste, utilizou em março deste ano 1,2% menos energia que em março de 2002, primeiro mês após o fim do racionamento de energia adotado entre junho de 2001 e fevereiro de 2002.
Um dos reflexos imediatos dessa redução no consumo é a queda na atividade econômica. O PIB do país registrou queda de 0,1% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o último trimestre do ano passado.
O documento divulgado ontem mostra elevação de 8,7% no consumo total de energia elétrica em relação a março de 2002, índice 0,3% menor que a estimativa do governo. Nos últimos 12 meses, o consumo geral cresceu 9,1% e, no primeiro trimestre, 10,3%. Ambos comparados com 2002.
Em março, houve aumento no consumo residencial (13,8%), industrial (2%), comercial (14,2%) e outros (14,9%) na comparação com março do ano passado. O uso de energia pela indústria foi o único índice que ficou abaixo da previsão oficial.
A situação é ainda mais grave quando se leva em conta que, em 2002, março foi o primeiro mês "normal" após nove meses de racionamento de energia. Neste ano, colaborou para a pequena elevação de consumo o fato de o Carnaval ter caído em março.
O primeiro trimestre deste ano, em comparação com o de 2002, também registrou elevação no consumo residencial (15,2%), industrial (5,4%), comercial (13,7%) e outros (12,9%).
No acumulado dos últimos 12 meses, em comparação com o período terminado em março de 2002, houve 9,3% de expansão no consumo residencial, 7,6% no uso pela indústria, 10,2% no consumo comercial e 11,8% por outros.
Segundo a Eletrobrás, se o ritmo de crescimento for mantido nos atuais índices, o consumo de energia no país fechará o ano nos mesmos patamares registrados em 2000. Isso significará aumento de 7,1% no ano. (IURI DANTAS)


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