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Nota da ministra diz que greve na
Nigéria impede redução de preços
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
NEILA FONTENELE
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Um dia depois de afirmar que
"muito provavelmente" o preço
da gasolina cairia nesta semana, a
ministra Dilma Rousseff (Minas e
Energia) recuou e disse ontem em
Fortaleza que o governo resolveu
esperar até a próxima semana para tomar uma decisão sobre o assunto.
Em Brasília, sua assessoria de
divulgou nota afirmando que o
governo "decidiu que os preços
dos combustíveis não sofrerão redução enquanto os preços internacionais estiverem subindo por
conta da crise da Nigéria".
Segundo a ministra, o preço dos
combustíveis não cairá antes de
domingo por causa da crise na Nigéria (há uma greve geral no país).
"Devemos esperar até a próxima
semana e ver a tendência de mercado", afirmou, lembrando que
os trabalhadores estão em greve
geral na Nigéria.
O governo trabalhava com uma
redução nos preços dos combustíveis (gasolina e diesel) da ordem
de 9% a 10% na refinaria.
Na terça-feira, após entrevista
coletiva concedida no Palácio do
Planalto, no início da tarde, para
divulgar a construção de novas linhas de transmissão, a ministra
de Minas e Energia teve que responder perguntas sobre o preço
dos combustíveis, feitas pelos jornalistas. Foi nessas circunstâncias
que ela afirmou que os preços cairiam nesta semana.
Cide
Além de mudanças na estrutura
regulatória do setor de gás de cozinha, a área econômica do governo federal está estudando a criação de um subsídio para a redução do preço do gás por meio do
aumento da Cide (contribuição
sobre o consumo de combustíveis).
Ontem, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, falou em
aumento da Cide para facilitar os
investimentos em infra-estrutura.
De acordo com o ministro, isso
seria possível agora que o dólar
está se estabilizando e os preços
internacionais do petróleo também. O aumento do tributo seria
compensado pela redução de outros componentes do preço dos
combustíveis.
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