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Movimento ainda não afeta produção
DA REDAÇÃO
A greve geral na Nigéria, que
entra hoje em seu quarto dia, ainda não afetou a produção de petróleo do país. A eventual paralisação das exportações contribuiu
para uma ligeira alta nas cotações
do barril nesta semana, mas os
analistas não acreditam que os
preços vão seguir em alta.
O país africano é o oitavo maior
produtor mundial e exporta aproximadamente 2 milhões de barris
ao dia. A extração concentra-se
no delta do rio Níger.
Líderes trabalhistas convocaram a greve geral em protesto
contra a decisão do governo de
reajustar o preço dos combustíveis em mais de 50%. A gasolina,
por exemplo, subiu 54%.
O sindicato dos petroleiros afirmou que, se o governo não reduzir os preços até domingo, haverá
uma total paralisação da indústria
petrolífera. O impasse prosseguia
até o final da noite de ontem.
O presidente Olusegun Obasanjo afirma que os reajustes, que
ocorreram no dia 20 de junho, são
necessários para acabar com subsídios, que consomem cerca de
US$ 2 bilhões ao ano. Os recursos
seriam utilizados em gastos sociais e educação.
Manifestantes e policiais entraram em conflito ontem, pelo segundo dia seguido. Os protestos
já deixaram oito pessoas mortas
desde a segunda-feira.
Na Bolsa de Nova York, o barril
encerrou o dia a US$ 30,15, em
baixa de 0,8%. Em Londres, o petróleo do tipo Brent ficou em US$
27,97, com recuo de 1,2%.
"O mercado sentiu que foi longe
demais. Brent acima de US$ 28 é
insustentável", disse Rob Laughlin, corretor da Man-GNI.
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