UOL


São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Movimento ainda não afeta produção

DA REDAÇÃO

A greve geral na Nigéria, que entra hoje em seu quarto dia, ainda não afetou a produção de petróleo do país. A eventual paralisação das exportações contribuiu para uma ligeira alta nas cotações do barril nesta semana, mas os analistas não acreditam que os preços vão seguir em alta.
O país africano é o oitavo maior produtor mundial e exporta aproximadamente 2 milhões de barris ao dia. A extração concentra-se no delta do rio Níger.
Líderes trabalhistas convocaram a greve geral em protesto contra a decisão do governo de reajustar o preço dos combustíveis em mais de 50%. A gasolina, por exemplo, subiu 54%.
O sindicato dos petroleiros afirmou que, se o governo não reduzir os preços até domingo, haverá uma total paralisação da indústria petrolífera. O impasse prosseguia até o final da noite de ontem.
O presidente Olusegun Obasanjo afirma que os reajustes, que ocorreram no dia 20 de junho, são necessários para acabar com subsídios, que consomem cerca de US$ 2 bilhões ao ano. Os recursos seriam utilizados em gastos sociais e educação.
Manifestantes e policiais entraram em conflito ontem, pelo segundo dia seguido. Os protestos já deixaram oito pessoas mortas desde a segunda-feira.
Na Bolsa de Nova York, o barril encerrou o dia a US$ 30,15, em baixa de 0,8%. Em Londres, o petróleo do tipo Brent ficou em US$ 27,97, com recuo de 1,2%.
"O mercado sentiu que foi longe demais. Brent acima de US$ 28 é insustentável", disse Rob Laughlin, corretor da Man-GNI.


Texto Anterior: Nota da ministra diz que greve na Nigéria impede redução de preços
Próximo Texto: Nigéria é maior fornecedor do país
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.