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LINHA OCUPADA
No Rio, Justiça mantém liminar que impede reajuste de tarifas
Telefone não pode subir em BH e RS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Liminares concedidas pela Justiça derrubaram ontem o reajuste
de tarifas da telefonia fixa no Rio
Grande do Sul e em Belo Horizonte. No Rio, a liminar que suspendia o reajuste foi mantida ontem.
O juiz Giovani Conte, da 15ª Vara Cível do Fórum Central de Porto Alegre, determinou que o descumprimento da decisão resultará em multa diária de R$ 1 milhão
para a concessionária.
De acordo com o juiz, que se
amparou no princípio da vulnerabilidade do consumidor para
tomar a decisão, a Brasil Telecom
deve provar a necessidade do reajuste de 28,7%.
A Brasil Telecom informou no
início da noite que não se manifestará antes de ser intimada.
A liminar concedida em Belo
Horizonte, válida apenas na comarca da capital mineira, estabelece o IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo, a inflação
oficial do país) como indexador
para o aumento anual de tarifas
da telefonia fixa.
No Rio, o desembargador Antônio Siqueira, da 5ª Câmara Cível
do Rio, manteve ontem a liminar
que impede as empresas de telefonia fixa de reajustar as tarifas no
Estado. Ele também negou o pedido da Telemar para que a discussão passasse para a Justiça Federal. Na terça-feira, a Telemar
havia solicitado que a Justiça reconsiderasse a decisão.
Em seu despacho, o desembargador alegou ser "inegável que o
percentual autorizado está muito
acima da média inflacionária prevista por alguns índices oficiais de
inflação".
"Ação orquestrada"
A partir de hoje, o Ministério
das Comunicações vai iniciar
uma "ação orquestrada" com institutos de defesa do consumidor e
órgãos do Judiciário para tentar
impedir os reajustes de tarifas da
telefonia fixa.
Segundo o ministro Miro Teixeira, que esteve ontem no Rio, o
consumidor terá acesso, na página do ministério, ao texto das
ações que estão sendo impetradas
contra os aumentos de preços.
Além disso, ficará a par de uma
série de ações às quais o ministério responde na Justiça por ter a
receber receitas indexadas ao
IGP-DI -o mesmo índice que
reajusta a telefonia.
"Essa é uma argumentação formidável para combater os reajustes. Se não temos como receber
receitas atreladas ao IGP-DI, como podemos pagar?", disse.
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