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São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Captações já alcançam US$ 12 bilhões no ano; moeda norte-americana caiu 0,7%, para R$ 2,818

Dólar recua mais com entrada de recurso

DA REPORTAGEM LOCAL

O fechamento de mais operações de captação de recursos no exterior fez o dólar ficar ainda um pouco mais barato diante do real. Ontem a moeda fechou a R$ 2,818, o menor valor desde julho do ano passado.
Já bate nos US$ 12 bilhões o volume captado neste ano no exterior por empresas, instituições financeiras e o governo brasileiro.
Esse é um dos motivos que têm feito o dólar cair de forma intensa. No ano, a moeda norte-americana perdeu 20,5% de seu valor diante do real. A baixa de ontem foi de 0,70%.
Ontem o Banco do Brasil finalizou sua quinta captação no ano. Essas operações totalizaram US$ 690 milhões. A captação do BB de ontem foi feita por meio da Visanet, em uma operação que somou US$ 500 milhões. Desses, US$ 223 milhões ficaram com o Banco do Brasil. Outra parte do captado foi para o Bradesco, sócio do BB na Visanet. A CSN captou outros US$ 143 milhões, e a Petrobras, mais US$ 500 milhões.
"Não tem como o dólar reagir de outra forma. O mercado é vendedor e a moeda tem tudo para cair ainda mais", afirma o diretor de tesouraria do banco Fator, Sérgio Machado.
Quando esses recursos captados no exterior entram no país, têm de passar pelo mercado de câmbio, ampliando a oferta e derrubando as cotações.
Operadores de mesas de câmbio afirmaram que, se o Banco do Brasil não tivesse comprado dólares ontem, a moeda teria recuado ainda mais.
"O BC também tem indiretamente intervindo no câmbio. Ao rolar apenas 67,5% do último vencimento de sua dívida cambial, o BC tirou do mercado cerca de US$ 800 milhões em hedge, o que poderia ter como efeito um aumento na demanda pela moeda", diz Machado.

Ações
A Bovespa teve um pregão apagado. O movimento ficou em apenas R$ 546 milhões. O Ibovespa fechou praticamente estável, com pequena alta de 0,15%.
As ações do setor elétrico voltaram a ser destaque. Na liderança das altas do dia ficou o papel PN da Transmissão Paulista (4,0%), seguido por Light ON (3,5%) e Eletrobras PNB (3,4%). Os papéis do setor haviam amargado fortes perdas na semana passada.
(FABRICIO VIEIRA)


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