|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Captações já alcançam US$ 12 bilhões no ano; moeda norte-americana caiu 0,7%, para R$ 2,818
Dólar recua mais com entrada de recurso
DA REPORTAGEM LOCAL
O fechamento de mais operações de captação de recursos no
exterior fez o dólar ficar ainda um
pouco mais barato diante do real.
Ontem a moeda fechou a
R$ 2,818, o menor valor desde julho do ano passado.
Já bate nos US$ 12 bilhões o volume captado neste ano no exterior por empresas, instituições financeiras e o governo brasileiro.
Esse é um dos motivos que têm
feito o dólar cair de forma intensa.
No ano, a moeda norte-americana perdeu 20,5% de seu valor
diante do real. A baixa de ontem
foi de 0,70%.
Ontem o Banco do Brasil finalizou sua quinta captação no ano.
Essas operações totalizaram US$
690 milhões. A captação do BB de
ontem foi feita por meio da Visanet, em uma operação que somou
US$ 500 milhões. Desses, US$ 223
milhões ficaram com o Banco do
Brasil. Outra parte do captado foi
para o Bradesco, sócio do BB na
Visanet. A CSN captou outros
US$ 143 milhões, e a Petrobras,
mais US$ 500 milhões.
"Não tem como o dólar reagir
de outra forma. O mercado é vendedor e a moeda tem tudo para
cair ainda mais", afirma o diretor
de tesouraria do banco Fator, Sérgio Machado.
Quando esses recursos captados no exterior entram no país,
têm de passar pelo mercado de
câmbio, ampliando a oferta e derrubando as cotações.
Operadores de mesas de câmbio afirmaram que, se o Banco do
Brasil não tivesse comprado dólares ontem, a moeda teria recuado
ainda mais.
"O BC também tem indiretamente intervindo no câmbio. Ao
rolar apenas 67,5% do último
vencimento de sua dívida cambial, o BC tirou do mercado cerca
de US$ 800 milhões em hedge, o
que poderia ter como efeito um
aumento na demanda pela moeda", diz Machado.
Ações
A Bovespa teve um pregão apagado. O movimento ficou em
apenas R$ 546 milhões. O Ibovespa fechou praticamente estável,
com pequena alta de 0,15%.
As ações do setor elétrico voltaram a ser destaque. Na liderança
das altas do dia ficou o papel PN
da Transmissão Paulista (4,0%),
seguido por Light ON (3,5%) e
Eletrobras PNB (3,4%). Os papéis
do setor haviam amargado fortes
perdas na semana passada.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Nova orientação: FMI escolhe financista para economia Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|