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Fundo planeja investir
R$ 350 mi em 3 anos
DO COLUNISTA DA FOLHA
A Previ é o maior fundo de pensão da América Latina, com um
patrimônio de R$ 70 bilhões. Nos
últimos anos, o fundo tem investido muito pouco em novos projetos. Sérgio Rosa, presidente da
Previ, afirma que o fundo irá, a
partir de agora, iniciar uma nova
fase e já tem programado R$ 350
milhões para os próximos três
anos. A seguir, o complemento da
entrevista:
Folha - O sr. acha o momento propício a novos investimentos?
Rosa - O ambiente de investimento no Brasil amadureceu
muito. Nós assistimos, nos dois
últimos anos, a uma mudança
muito grande no mercado de capitais. Há alguns anos não havia a
abertura de novas empresas na
Bolsa de Valores, e isso aconteceu
de um tempo para cá. Nós estamos voltando a investir. Nós vamos investir R$ 350 milhões nos
próximos três anos.
Folha - Onde a Previ irá investir?
Rosa - Nós estamos agora fazendo o processo de seleção dos gestores e dos fundos em que faremos os investimentos. Os negócios serão selecionados em função das características do fundo
escolhido e da prospecção do novo gestor que a gente contratar.
Folha - A Previ fez muitos investimentos considerados malsucedidos no passado. A Costa de Sauípe
é um exemplo.
Rosa - Do ponto de vista do capital investido, o retorno de Sauípe
não é positivo. As premissas daquele investimento não se verificaram. De qualquer forma, o que
a gente tem feito em Sauípe é procurar valorizar o empreendimento operacionalmente, e ele tem
melhorado bastante. Em 2004, ele
demonstrou uma melhoria operacional grande, e os números já
deste primeiro semestre são bastante positivos.
Folha - A Previ pretende fazer desinvestimentos? O sr. poderia citar
alguns exemplos?
Rosa - A gente, evidentemente,
não acha adequado antecipar
quais setores. Já no ano passado
fizemos desinvestimentos de algumas empresas e temos planejamento para fazer alguns novos
desinvestimentos neste ano. No
ano passado, fizemos operações
que representaram vendas de
aproximadamente R$ 1,7 bilhão.
Folha - O juro do Banco Central
não atrapalha os investimentos?
Rosa - O juro é sempre um referencial para opção de investimentos, mas a taxa de curto prazo não
afeta tanto as nossas decisões de
investimentos. A gente está sempre olhando mais para o longo
prazo, e a tendência dos juros é de
queda. É evidente que no curto
prazo o juro tem um determinado
impacto, uma determinada importância, mas não chega a afetar
os nossos planos mais estratégicos de investimento.
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