São Paulo, domingo, 03 de julho de 2005

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Fundo planeja investir R$ 350 mi em 3 anos

DO COLUNISTA DA FOLHA

A Previ é o maior fundo de pensão da América Latina, com um patrimônio de R$ 70 bilhões. Nos últimos anos, o fundo tem investido muito pouco em novos projetos. Sérgio Rosa, presidente da Previ, afirma que o fundo irá, a partir de agora, iniciar uma nova fase e já tem programado R$ 350 milhões para os próximos três anos. A seguir, o complemento da entrevista:

Folha - O sr. acha o momento propício a novos investimentos?
Rosa -
O ambiente de investimento no Brasil amadureceu muito. Nós assistimos, nos dois últimos anos, a uma mudança muito grande no mercado de capitais. Há alguns anos não havia a abertura de novas empresas na Bolsa de Valores, e isso aconteceu de um tempo para cá. Nós estamos voltando a investir. Nós vamos investir R$ 350 milhões nos próximos três anos.

Folha - Onde a Previ irá investir?
Rosa -
Nós estamos agora fazendo o processo de seleção dos gestores e dos fundos em que faremos os investimentos. Os negócios serão selecionados em função das características do fundo escolhido e da prospecção do novo gestor que a gente contratar.

Folha - A Previ fez muitos investimentos considerados malsucedidos no passado. A Costa de Sauípe é um exemplo.
Rosa -
Do ponto de vista do capital investido, o retorno de Sauípe não é positivo. As premissas daquele investimento não se verificaram. De qualquer forma, o que a gente tem feito em Sauípe é procurar valorizar o empreendimento operacionalmente, e ele tem melhorado bastante. Em 2004, ele demonstrou uma melhoria operacional grande, e os números já deste primeiro semestre são bastante positivos.

Folha - A Previ pretende fazer desinvestimentos? O sr. poderia citar alguns exemplos?
Rosa -
A gente, evidentemente, não acha adequado antecipar quais setores. Já no ano passado fizemos desinvestimentos de algumas empresas e temos planejamento para fazer alguns novos desinvestimentos neste ano. No ano passado, fizemos operações que representaram vendas de aproximadamente R$ 1,7 bilhão.

Folha - O juro do Banco Central não atrapalha os investimentos?
Rosa -
O juro é sempre um referencial para opção de investimentos, mas a taxa de curto prazo não afeta tanto as nossas decisões de investimentos. A gente está sempre olhando mais para o longo prazo, e a tendência dos juros é de queda. É evidente que no curto prazo o juro tem um determinado impacto, uma determinada importância, mas não chega a afetar os nossos planos mais estratégicos de investimento.


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