DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que os países do G20, entre eles o Brasil, tiveram, "pela primeira vez, a coragem de não ceder aos interesses das economias desenvolvidas" durante a Rodada Doha.
"Fizemos questão de dizer que tinha acabado aquele momento da subserviência", discursou.
Criticando a política americana de subsídio agrícola -"Vejam que absurdo"-, Lula disse que "a União Européia, falou, falou, falou, mas, na hora de apresentar a carta que estava no bolso, não apresentou".
"Chega de ser o país do futuro, chega de ser a esperança do mundo, chega de ser um monte de adjetivos que nunca se concretizaram. Agora vamos concretizar. [...] O mundo precisa aprender que o Brasil resolveu assumir sua grandeza", disse.

Lamy
O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy, advertiu ontem que será "fatal" se EUA, União Européia, Índia e Brasil não desempenharem o "papel construtivo" que se espera deles nas próximas semanas de negociações da Rodada Doha.
O fracasso há duas semanas da última reunião do G4, "foi uma má notícia, mas pode ser ainda pior se esses membros não desempenharem agora um papel construtivo nas negociações multilaterais, que entram em uma etapa crucial", disse Lamy.