São Paulo, sexta-feira, 03 de julho de 2009

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Cai ritmo de liberação de recursos do BNDES

SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Passado o pior da crise, as empresas começam a desengavetar seus planos de investimento, segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Mas o ritmo de liberação de financiamentos se desacelerou, o que deixa mais longe a meta anual de R$ 140 bilhões, estipulada pelo banco.
As consultas -primeira etapa de um pedido de financiamento, tida como termômetro da economia- cresceram 40% entre janeiro e maio. Fecharam em R$ 91,3 bilhões. Em maio, os novos pedidos somaram R$ 12 bilhões.
Os desembolsos - quando o dinheiro é liberado- ficaram estacionados em R$ 32,7 bilhões entre janeiro e maio, patamar semelhante aos cinco meses de 2008.
O ritmo de liberação de recursos, nas áreas técnicas do banco, caiu 24% entre abril e maio. Assim, os desembolsos encolheram de R$ 8 bilhões para R$ 6,08 bilhões. Em relação a maio do ano passado, a queda foi de 6%.
"Não há uma razão específica para o não crescimento, mas, mesmo sem ter crescido, esse é um patamar excepcional", afirma Gabriel Visconti, chefe do departamento de orçamento do banco. Segundo ele, a crise não é razão para a queda.
Entre a consulta e o desembolso, o BNDES tem levado de seis meses a dois anos, nos projetos mais complexos, informou Visconti.
Apesar da desaceleração dos desembolsos, Visconti acredita ser "perfeitamente possível" atingir a meta de financiamentos. "Há um esforço permanente do banco para aumentar o ritmo de análise dos pedidos e desembolsos", diz.

Transporte
Conforme antecipou a Folha na edição de 13 de junho, entre os setores que demonstraram maior apetite para buscar empréstimos está o de material de transporte.
O segmento inclui a indústria automobilística que, motivada pela retomada dos financiamentos e pela prorrogação do IPI, voltou a planejar expansões na produção.
Outros setores que sustentaram o maior fôlego nas intenções de investir são os de química, petroquímica e indústria extrativa - nos dois últimos casos, ligados à cadeia produtiva do petróleo.


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