|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Abertura do setor automotivo deve ser gradual, diz Anfavea
Em encontro com o ministro
das Relações Exteriores, Celso
Amorim, na quarta-feira, o presidente da Anfavea, Jackson
Schneider, defendeu uma redução gradual das tarifas de importação do setor automotivo
caso o Brasil tenha que fazer
concessões no âmbito das negociações da Rodada Doha. A
tarifa é de 35% para o setor.
"O setor automotivo é sensível a uma redução das tarifas de
importação se for feita de uma
só vez", diz Schneider.
Dessa forma, ele diz que, caso
o Brasil tenha que abrir o setor
à importação, será necessário
um período de transição para
que as montadoras possam se
adequar ao novo regime.
Schneider espera, no entanto, que o setor automotivo fique de fora da Rodada Doha, o
que evitaria o corte da tarifa de
importação de uma só vez. Uma
das propostas na mesa de negociação é a de não alterar as alíquotas de importação dos setores considerados mais sensíveis à competição externa.
A Anfavea está concluindo
um amplo trabalho sobre a
competitividade do Brasil em
relação aos países emergentes.
O estudo deve mostrar que não
é só a apreciação cambial que
afeta a competitividade do setor no país. Um dos pontos destacados será a carga tributária
que recai sobre a indústria, que
é considerada um fator que afeta a competitividade das empresas. O trabalho deve ser
concluído no final de agosto.
No encontro com Celso
Amorim, Schneider defendeu
também uma estratégia de política externa que estimule a
adoção de acordos comerciais
com outros países emergentes
como Nigéria, Moçambique e
Guatemala, entre outros. "O
Brasil precisa se expandir para
outros mercados", diz.
Segundo números da Anfavea, só os acordos comerciais
que o Brasil possui com o Mercosul, Chile e México garantiram 56% das exportações totais
dos últimos sete anos. De 2000
ao primeiro semestre deste
ano, o Brasil exportou para os
países com que possui acordos
comerciais US$ 2,3 bilhões, e o
total foi de US$ 4,2 bilhões.
Segundo Schneider, o setor
enfrenta hoje uma queda significativa na exportação de automóveis nos últimos anos, em
razão do câmbio. Em 2005, o
Brasil exportava 1 milhão de
carros anuais. Para este ano, a
previsão é de 750 mil, o que significa uma queda de 11%.
Já em relação ao mercado interno, Schneider não tem do
que se queixar. Impulsionado
pelo crédito, as vendas no mercado interno vêm batendo recorde atrás de recorde todo
mês. Na segunda-feira, ele
anuncia mais um, o de produção de automóveis.
Brasileira lança floresta com SOS Mata Atlântica
A brasileira Química Amparo -fabricante dos produtos de limpeza e higiene da
marca Ypê- se prepara para
lançar a Floresta do Futuro
Ypê, em parceria com a SOS
Mata Atlântica.
Serão plantadas mais de
200 mil mudas de plantas
em cerca de 130 hectares em
Campinas (SP).
Para este ano, a meta da
empresa, de acordo com
Waldir Beira Júnior, diretor
da marca, é alcançar 5% de
mercado de esponja de lã de
aço com a Brilho Ypê, cuja
produção, localizada na fábrica de Amparo (SP), recebeu investimentos de
R$ 8 milhões para ser ampliada.
Biodiesel impulsiona potássio
O preço médio realizado das
vendas de potássio da Vale do
Rio Doce no segundo trimestre
deste ano subiu para US$
240,74 por tonelada, contra
US$ 198,08 no mesmo período
de 2006.
Os motivos são o crescimento da demanda global por proteínas, que requer crescentes
volumes de grãos, o salto na
produção de álcool e do biodiesel e o maior consumo de fertilizantes para a elevação da produtividade agrícola. Tudo isso
resulta em forte pressão sobre a
oferta de potássio.
A produção da Vale de potássio no segundo trimestre de
2007 foi de 162 mil toneladas,
contra 121 mil toneladas em
igual período do ano anterior.
A Vale do Rio Doce é a única
produtora de potássio do Brasil, na mina de Taquari Vassoura (SE) e está concluindo neste
ano o projeto de ampliação da
mina, que deve passar de uma
capacidade de produção de 600
mil para 850 mil toneladas
anuais. A Vale tem mais um
projeto de potássio na Argentina, com investimento total de
US$ 78 milhões.
NA CROÁCIA
A Cardif, seguradora do
BNP Paribas, recebeu o sinal
verde da autoridade regulatória da Croácia para iniciar
operações de seguros no
país. Com a licença, a Cardif
passa a ter operações em 37
países.
EXPANSÃO
A Fundação Dom Cabral
inaugura no próximo dia 9,
quando vai completar 31
anos, parte de seu Centro de
Desenvolvimento do Conhecimento em Gestão. O
investimento total é de
R$ 20 milhões.
VERY LIGHT
A Embraer está presente
no Athina Onassis International Horse Show, em São
Paulo, onde faz apresentação do "mock-up" (modelo
em escala real) do Phenom
300, jato executivo "very
light", com primeiro vôo
previsto para 2008. O interior do jato é da BMW Group
DesignWorks.
RESULTADO
O banco Prosper, braço financeiro do grupo Peixoto
de Castro, fechou o primeiro
semestre com lucro líquido
de R$ 36 milhões, aumento
de 509,7% em relação ao
mesmo período do ano passado. A área de crédito e as
operações de renda variável
tiveram impacto no desempenho.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
Próximo Texto: Vivo compra Telemig e Amazônia Celular Índice
|