São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2008

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Rali de locomotivas aumenta produtividade em 70% no porto

DA REPORTAGEM LOCAL

A Portofer organiza desde março uma competição inédita no porto de Santos: o rali de locomotivas ou rali de manobras. A idéia é simples. A dupla que mais movimentar trens e vagões pode ganhar um salário adicional no fim do ano. São duas competições, uma trimestral e outra anual.
O objetivo, claro, é ampliar o número de trens que circulam no porto. Deu certo. A produtividade dos 50 maquinistas e 50 operadores que se revezam no arrasto dos trens e vagões pelos cem quilômetros de trilhos no porto santista já supera os 70% se comparados aos números médios do ano passado.
A competição resultou num aumento substancial do número de vagões arrastados diariamente na área portuária. Somadas as manobras feitas em composições das três ferrovias que chegam e saem com cargas de Santos (ALL, MRS e FCA), a movimentação diária média de vagões já alcança 600 unidades. A quantidade de vagões arrastados antes do rali não passava de 350 diariamente.
"É uma corrida mesmo. Ninguém quer ficar parado esperando uma ordem para juntar vagões já descarregados dentro dos terminais ou ficar esperando ser indicado para levar uma composição inteira até um terminal de açúcar ou de grãos", explica Eberson Madureira, companheiro do maquinista João Carlos Pinheiro Amancio.
Madureira e Amancio são os "Schumachers" da Portofer: os atuais campeões do primeiro trimestre de competições entre maquinistas e operadores. Os dois também já lideram, com mais de mil pontos de vantagem, a etapa atual da competição, que termina no final de setembro.
A Portofer conta com 15 olheiros espalhados pelos terminais do porto. Quando um vagão é descarregado, o "olho-vivo" liga para a central de operações e pede uma locomotiva para juntar os vagões e levá-los ao pé da serra. O problema, diz Madureira, é a competição com os caminhões.
Não raro, caminhões estacionam as carretas sobre as linhas fechando a passagem das locomotivas. "Isso acontece toda hora, já bati boca com vários caminhoneiros por causa disso. Quando não tem jeito, a gente chama a Guarda Portuária. Já cansei de ver caminhão sair guinchado da linha", conta. (AB)


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