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BALANÇA COMERCIAL
Exportações de julho caem 17,16%
Superávit fica em apenas US$ 93 mi
da Sucursal de Brasília
A balança comercial de julho
fechou com superávit de US$ 93
milhões. Mas o resultado apontou a continuidade da queda nas
exportações brasileiras, que diminuíram 17,16% em relação ao
mesmo mês do ano passado.
O saldo acumulado no ano
continua negativo -em US$
525 milhões- e indica a dificuldade que o governo enfrentará
neste segundo semestre para
cumprir com a estimativa de superávit de US$ 3,7 bilhões que
consta no acordo do Brasil com
o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Para chegar a esse saldo, o resultado mensal da balança comercial teria de ser superavitário em US$ 845 milhões, em média, de agosto a dezembro. Para
se ter uma idéia, o déficit mensal
médio de janeiro a julho foi de
US$ 75 milhões. De agosto a dezembro de 1998, o resultado
mensal médio foi negativo em
US$ 814 milhões.
De janeiro a julho, as exportações chegaram a US$ 26,56 bilhões, resultado 14,14% menor
que o de igual período de 98. As
importações totalizaram US$
27,08 bilhões e apresentaram
queda de 18,43%.
Em julho, as exportações somaram US$ 4,11 bilhões. Segundo nota da Secex (Secretaria de
Comércio Exterior) do Ministério do Desenvolvimento, a queda de 17,16% nos embarques está
associada à greve nos transportes rodoviários, que afetou as exportações da última semana do
mês.
A diminuição dos embarques
de produtos semimanufaturados foi de 15,9%. No caso dos
manufaturados, a queda foi de
14,6%, e no dos produtos básicos, de 12,9%. Mesmo assim,
houve aumento de exportações
de celulose, de alumínio em bruto, de aviões, de computadores
etc.
Soja
Mais afetada pela queda de
24,7% nos preços, a soja em grão
contabilizou queda de 14,6% na
receita de exportação.
As importações apontaram
queda mais acentuada que os embarques, de 25,38%, e totalizaram
US$ 4,024 bilhões em julho.
No mês passado, as importações desses produtos caíram
20,6%. A tendência de queda nos
desembarques de produtos de
consumo também continua. Em
julho, foi de 40,6%.
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