|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Novas cessões são suspensas
da Sucursal de Brasília
A concessão de novas rodovias
federais à iniciativa privada está
suspensa e não tem prazo para ser
retomada. O modelo adotado na
privatização de 856 quilômetros
de estradas da União é questionado pelo próprio governo.
Um dos defeitos do modelo é o
impacto do preço do pedágio no
chamado "custo Brasil", avalia o
ministro dos Transportes, Eliseu
Padilha. Pelas rodovias, passam
cerca de 65% do total de cargas
transportadas no país.
O pedágio cobrado pelas concessionárias representa aumento
de 19% no custo do transporte de
um carregamento de soja entre o
interior e o porto para exportação
(trajeto de 400 quilômetros), calcula um dos exemplos publicados
em relatório do ministério.
Os defensores da privatização
alegam que o custo do pedágio é
compensado pela economia que
estradas em melhores condições
proporcionam aos caminhoneiros. Na dúvida, e diante da elevação dos pedágios, o governo decidiu suspender o programa.
O governo concedeu à iniciativa
privada, desde dezembro de 1994,
apenas 5 dos 25 trechos incluídos
no programa do ministério.
O país tem cerca de 62 mil quilômetros de rodovias federais,
mas só a quarta parte dessa malha
rodoviária foi considerada ""privatizável" pelo governo. Em mais
de 45 mil quilômetros, o volume
de tráfego não justifica a instalação de pedágios.
O governo já decidiu mudar o
modelo de licitação para novas
concessões. Ganhará a disputa
quem pagar mais pela outorga de
concessão e não quem oferecer o
menor preço de pedágio.
(MS)
Texto Anterior: Pós-greve: Pedágio congelado pode piorar estradas Próximo Texto: Covas admite parar concessão de rodovia Índice
|