São Paulo, Terça-feira, 03 de Agosto de 1999
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Proclamação de vitória já é comum

da Sucursal de Brasília

É comum, em decisões de organismos internacionais, como a OMC, que elas motivem proclamações de vitórias dos dois lados que estão em litígio.
Os assuntos são complicados, cheios de meandros técnicos e legais. Os "veredictos" são longos e redigidos de maneira muitas vezes obscura. Além disso, por se tratar de resoluções também políticas, tentam ser "salomônicas" para não desagradar a ninguém.
Assim, só uma análise detalhada do texto ontem divulgado pela OMC permitirá elucidar quem tem razão no caso.
Provavelmente, a conclusão será a de que as duas empresas perderam, ao verem limitados os incentivos estatais que recebiam.
No caso da Embraer, é possível que a resolução agora tenha menos impacto do que teria se adotada há dois anos, quando a guerra com a Bombardier começou.
Nesse espaço de tempo, a empresa conseguiu fechar grandes negócios, que lhe oferecem condições melhores para obter financiamentos no exterior, a juros muito mais vantajosos do que os que teria de pagar no Brasil.
Além disso, ela também pode obter espécie de parcerias com fornecedores de partes importantes do avião, que, confiantes na capacidade de vender da Embraer, lhe entreguem encomendas como que em "consignação".
Será possível ter uma idéia mais clara sobre o impacto da decisão da OMC quando o governo brasileiro anunciar as modificações que fará no Proex. (CELS)




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