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Proclamação de vitória já é comum
da Sucursal de Brasília
É comum, em decisões de organismos internacionais, como a
OMC, que elas motivem proclamações de vitórias dos dois lados
que estão em litígio.
Os assuntos são complicados,
cheios de meandros técnicos e legais. Os "veredictos" são longos e
redigidos de maneira muitas vezes obscura. Além disso, por se
tratar de resoluções também políticas, tentam ser "salomônicas"
para não desagradar a ninguém.
Assim, só uma análise detalhada do texto ontem divulgado pela
OMC permitirá elucidar quem
tem razão no caso.
Provavelmente, a conclusão será a de que as duas empresas perderam, ao verem limitados os incentivos estatais que recebiam.
No caso da Embraer, é possível
que a resolução agora tenha menos impacto do que teria se adotada há dois anos, quando a guerra
com a Bombardier começou.
Nesse espaço de tempo, a empresa conseguiu fechar grandes
negócios, que lhe oferecem condições melhores para obter financiamentos no exterior, a juros
muito mais vantajosos do que os
que teria de pagar no Brasil.
Além disso, ela também pode
obter espécie de parcerias com
fornecedores de partes importantes do avião, que, confiantes na
capacidade de vender da Embraer, lhe entreguem encomendas como que em "consignação".
Será possível ter uma idéia mais
clara sobre o impacto da decisão
da OMC quando o governo brasileiro anunciar as modificações
que fará no Proex.
(CELS)
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