São Paulo, terça-feira, 03 de setembro de 2002

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Para príncipe saudita, produção não é afetada

DOS ENVIADOS AO RIO

O presidente da Saudi Aramco, a maior companhia de petróleo do planeta, descartou a possibilidade de uma crise mundial de abastecimento do produto em decorrência de um eventual conflito no Iraque.
O príncipe Abdallah Jum'ah disse que, caso a produção de petróleo do Iraque seja suspensa por um guerra com os EUA, a produção da Arábia Saudita é capaz de suprir a demanda. A seguir trechos da entrevista.

Folha - O senhor acredita que uma guerra no Oriente Médio poderia provocar uma crise no setor?
Abudallah Jum'ah -
A Arábia Saudita tem capacidade para produzir hoje 10 milhões de barris por dia. Nossa cota da Opep permite apenas extrair 7 milhões de barris. O excedente de 3 milhões poderia abastecer o mundo em uma situação de emergência. Não há porque pensar em uma crise.

Folha - A sua empresa planeja investimentos no Brasil?
Jum'ah -
Faz muitos anos que somos fornecedores da Petrobras. No momento não há conversações para negócios aqui. Mas somos uma empresa que procura novas oportunidades. O Brasil pode ser uma delas.

Folha - As reservas de petróleo tendem a se esgotar em aproximadamente 150 anos. Qual o futuro do mundo sem petróleo e de países como a Arábia sem o petróleo?
Jum'ah -
O futuro? Será um desastre. O mundo produz hoje 70 milhões de barris por dia. Há uma grande tecnologia envolvida neste setor, é um produto fácil de transporte...Enfim, se quiserem substituir o petróleo, haverá um longo caminho a percorrer.


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