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Para príncipe saudita, produção não é afetada
DOS ENVIADOS AO RIO
O presidente da Saudi Aramco, a maior companhia de petróleo do planeta, descartou a possibilidade de uma crise mundial de abastecimento do produto em decorrência de um eventual conflito no Iraque.
O príncipe Abdallah Jum'ah disse que, caso a produção de petróleo do Iraque seja suspensa por um guerra com os EUA, a produção da Arábia Saudita é capaz de
suprir a demanda. A seguir trechos da entrevista.
Folha - O senhor acredita que
uma guerra no Oriente Médio poderia provocar uma crise no setor?
Abudallah Jum'ah - A Arábia
Saudita tem capacidade para produzir hoje 10 milhões de barris
por dia. Nossa cota da Opep permite apenas extrair 7 milhões de
barris. O excedente de 3 milhões
poderia abastecer o mundo em
uma situação de emergência. Não
há porque pensar em uma crise.
Folha - A sua empresa planeja investimentos no Brasil?
Jum'ah - Faz muitos anos que
somos fornecedores da Petrobras.
No momento não há conversações para negócios aqui. Mas somos uma empresa que procura
novas oportunidades. O Brasil
pode ser uma delas.
Folha - As reservas de petróleo
tendem a se esgotar em aproximadamente 150 anos. Qual o futuro
do mundo sem petróleo e de países
como a Arábia sem o petróleo?
Jum'ah - O futuro? Será um desastre. O mundo produz hoje 70
milhões de barris por dia. Há uma
grande tecnologia envolvida neste
setor, é um produto fácil de transporte...Enfim, se quiserem substituir o petróleo, haverá um longo caminho a percorrer.
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