São Paulo, quarta-feira, 03 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Área inaugurada por Lula é apenas experimental

Petrobras vê exploração na região como fonte de conhecimento para pré-sal

Segundo diretor da estatal, camada do Espírito Santo é menos promissora e não forma uma reserva única com a bacia de Santos

DO ENVIADO ESPECIAL A VITÓRIA (ES)

A camada de pré-sal do Espirito Santo, no norte da bacia de Campos, é menos promissora do que a região da bacia de Santos onde está localizado o campo de Tupi -cujas reservas podem chegar a 8 bilhões de barris de petróleo. A produção iniciada ontem, com a presença do presidente Lula, no campo de Jubarte é só experimental. Serão retirados 18 mil barris por dia pelo poço 1-ESS-103, a um custo de R$ 50 milhões.
Para a Petrobras, o maior ganho será o do conhecimento: as informações coletadas vão ajudar na definição das estratégias a serem usadas na bacia de Santos, já que os reservatórios das duas regiões têm semelhanças geológicas -embora a dificuldade operacional no Espírito Santo seja muito menor.
Com reservas que podem ultrapassar os 50 bilhões de barris -hoje, as reservas totais do país são de 14 bilhões-, a bacia de Santos é a maior aposta da Petrobras. Para o pré-sal do Espírito Santo, ainda não há estimativa. Mas os técnicos da estatal avaliam que são bem menores do que as de Santos.
Por outro lado, a exploração no Espírito Santo poderá mostrar também se toda a área do pré-sal- do litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo- é um único imenso reservatório.
Para o diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, a suspeita é que toda a região da bacia de Santos não forme uma única reserva. Mas mesmo essa hipótese precisa ser comprovada.
Para isso, serão necessários novos testes e perfurações na área contígua a Tupi. Mas, como as áreas são de propriedade da União e ainda não foram licitadas, é uma responsabilidade do governo federal. A Petrobras é hoje o único órgão público com essa capacidade operacional. E há limite para a realização desses testes: dezembro de 2010, quando expira o prazo da Petrobras e dos sócios privados para apresentar plano de negócios para Tupi. (RM)


Texto Anterior: Cabral critica criação de estatal para megacampo
Próximo Texto: ANP espera nova rodada de licitações de óleo até janeiro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.