São Paulo, quinta-feira, 03 de setembro de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

MUITO PRÓXIMO
As vendas nacionais de tratores, empurradas pelos programas de incentivo do governo para unidades de baixa potência, já somam 27,3 mil unidades neste ano, número apenas 3,8% inferior ao total comercializado no ano passado.

MÊS BOM
Em agosto, o volume de vendas superou o de igual mês de 2008. As indústrias comercializaram 4.242 unidades para as redes de varejo, acima das 4.214 de igual período anterior.

BEM ABAIXO
Já as vendas de colheitadeiras não seguem o ritmo das de tratores. A comercialização das indústrias para o varejo ficaram em apenas 249 unidades em agosto, 18% menos do que em 2008.

QUEDA AINDA MAIOR
As vendas acumuladas de janeiro a agosto mostram retração ainda maior. Nos oito primeiros meses deste ano foram comercializadas 1.783 unidades, 34% abaixo das 2.707 de igual período do ano passado.

SUBVENÇÃO
O governo definiu o volume de recursos para auxiliar a comercialização do trigo. É grande: R$ 450 milhões. Convertidos em PEP (ajuda no escoamento), poderão leiloar até 2,5 milhões de toneladas, se o subsídio ficar em R$ 180 por tonelada.

METADE DA SAFRA
O governo ainda vai definir os mecanismos, mas poderá movimentar quase metade da safra com esses recursos. Os moinhos acham, no entanto, que esses mecanismos não devem funcionar a contento. Seriam necessários programas de aquisição -e não apenas de escoamento de produto.

EXPORTAÇÃO
Para Lawrence Pih, do moinho Pacífico, as chuvas prejudicaram a qualidade do trigo da safra que está sendo colhida, gerando um grande volume de produto que não serve para pão. O ideal seria exportar esse trigo.

COMERCIALIZAÇÃO LENTA
Um PEP de R$ 180 por tonelada traria o preço do trigo da nova safra para R$ 350 para os moinhos, já que o preço mínimo é de R$ 530. Pih diz que esses R$ 350 passariam a ser o novo patamar de mercado. Um agravante: a comercialização ficaria mais lenta, e o produtor necessita de recursos já.

QUEDA PROFUNDA 1
O quilo do frango vivo afundou ainda mais, recuando para R$ 1,25 nas granjas paulistas. Esse valor é o menor desde o início de abril, conforme pesquisa da Folha.

QUEDA PROFUNDA 2
Os agrícolas continuaram perdendo preço ontem em Chicago. O trigo soma recuo de 13% em 30 dias, e a soja, de 11%.


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