São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2008

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Brasil propõe à China prorrogar acordo que limita importação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Preocupado com o aumento de importação de produtos da China, o governo brasileiro propôs ao governo chinês a prorrogação do acordo de restrição voluntária de importações com o Brasil, que termina no final deste ano.
Com a desaceleração da economia americana, o temor dos empresários brasileiros, sobretudo da indústria têxtil, é que os chineses procurem desviar suas exportações para outros mercados emergentes, como o Brasil. O aumento de oferta pode gerar maior competição interna e preços mais baixos.
O acordo de restrição voluntária foi firmado em 2006. Com 63 posições tarifárias diferentes- a grosso modo, códigos diferentes do imposto de importação sobre cada tipo de produto-, o governo brasileiro consegue identificar e manter um limite no volume importados.
O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, voltou anteontem da China, onde propôs a renovação do acordo. Ele sugeriu como alternativa um acordo de monitoramento das importações, para manter os mesmos níveis de entrada de produtos no Brasil. A China deve responder até novembro.
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, ressaltou que o governo brasileiro não avalia medidas anti-dumping contra os chineses. Esse é o desejo de muitos empresários brasileiros, mas o país não vai adotar nenhuma medida que possa ferir as regras de comércio exterior, disse. "Nós somos um país aberto", afirmou o ministro. Logo em seguida ele negou que haja preocupação com os importados.


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