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Em meio a cenário turbulento, governo decide leiloar rodovia
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em meio à crise do sistema
financeiro internacional, o governo lançou edital para a concessão de mais um trecho de rodovia para ser administrado
pela iniciativa privada, com cobrança de pedágio. No dia 1º de
dezembro será leiloado um lote
de aproximadamente 680 quilômetros ligando Minas Gerais
a Salvador (BA), nas estradas
BR-116 e BR-324.
Vencerá a disputa a empresa
ou o consórcio que oferecer a
menor tarifa a ser cobrada nas
sete praças de pedágio previstas no percurso, respeitado o
teto de R$ 2,80 definido no edital. Pelo projeto, será necessário R$ 1,9 bilhão em investimentos ao longo do período de
concessão, que é de 25 anos.
No último leilão de rodovias,
realizado em outubro do ano
passado, houve grande interesse do setor privado, com deságios de até 65,4% em relação ao
preço máximo. Na ocasião, o
grande vencedor foi o grupo espanhol OHL, que levou as rodovias Fernão Dias (São Paulo-Belo Horizonte) e Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba).
Agora, no entanto, o leilão
acontece em meio à escassez de
crédito no mercado internacional, causada pela crise do sistema financeiro. Para o mercado,
o governo pode estar errado ao
repetir o mesmo cenário otimista do leilão do ano passado
para a próxima etapa do processo de concessão.
"A taxa interna de retorno foi
diminuída [em relação ao último leilão], o que é contraditório com o atual quadro econômico", disse Moacyr Duarte,
presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias).
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