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Instituto de mineração rebate proposta de elevar impostos
DA SUCURSAL DO RIO
Insatisfeito com a proposta
do governo de aumentar a taxação para o setor de mineração,
o Ibram (Instituto Brasileiro de
Mineração) rebateu ontem as
críticas do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que defende novas regras para o setor.
O presidente da entidade,
Paulo Camilo Penna, diz que,
em seu posto, o ministro deveria defender os interesses do
setor e promover sua competitividade, e não pleitear aumento de impostos. "Se fosse o ministro da Fazenda propondo a
elevação da carga tributária do
setor, eu entenderia", diz.
Segundo estudo da Ernst &
Young encomendado pelo
Ibram, o Brasil tem uma das
maiores cargas tributárias dentre 21 países produtores de minerais -foram analisados os 12
produtos mais importantes. No
caso do minério de ferro, é a
terceira mais alta -19,7% do faturamento, atrás apenas de Venezuela e China. O estudo conclui que em todos os casos o
Brasil fica entre as três primeiras posições.
De acordo com Penna, os royalties cobrados são maiores
em outros países, mas os demais impostos ficam em patamares bem menores do que no
Brasil.
"Se a tributação subir, vamos
perder mercado e competitividade num setor que chegará
neste ano a corresponder por
um terço da balança comercial
brasileira, com um saldo superior a US$ 11 bilhões."
Anteontem, Lobão afirmou
que o governo estuda alterar o
marco regulatório da indústria
de mineração e que os royalties
devem subir. Comparou ainda
a taxação de 12% do setor com
os 65% do de petróleo.
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