São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2008

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BNDES dá à TIM crédito de R$ 1,5 bi para investimento

Empresa poderá gastar os recursos em etapas até 2013

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um limite de crédito de R$ 1,5 bilhão para a TIM. Na prática, a linha funciona como um "cheque especial" para a companhia, que poderá desembolsar os recursos em etapas até 2013 para conduzir seu plano de investimentos.
Trata-se da segunda maior operação desse tipo realizada pelo banco de fomento. A maior foi anunciada em abril deste ano, no valor de R$ 7,3 bilhões, para a Vale. Empresas como Gerdau, Klabin, Braskem e Ultrapar também já obtiveram crédito nessa modalidade.
O instrumento permite obter recursos com maior agilidade. A tramitação fica em torno de dois meses, contra seis em operações tradicionais.
Com o novo financiamento, a TIM se torna a terceira maior empresa de telecomunicações em financiamentos do BNDES, com um total de R$ 3,4 bilhões. A primeira nesse ranking é a Telemar, com R$ 6,7 bilhões, seguida pela Brasil Telecom, com R$ 6,1 bilhões. Os valores consideram empréstimos concedidos desde 1998. A carteira do BNDES nesse período, entre empréstimos já quitados ou ainda em fase de pagamento, soma R$ 23,3 bilhões.
A TIM planeja investir R$ 7,2 bilhões até 2010. O valor inclui a aquisição da licença da telefonia de terceira geração (3G), que permite a oferta de banda larga móvel. A empresa tem dois anos de carência. Segundo Alan Fischler, do BNDES, a finalidade do financiamento é a realização de investimentos em rede e expansão de cobertura.
De acordo com Fischler, a empresa já deverá receber uma parcela dos recursos neste ano. Segundo ele, as empresas do setor estão fazendo grandes investimentos em 3G e expandindo a atuação para municípios onde não existia cobertura.
Para Fischler, se a crise nos mercados e a escassez de crédito levarem as empresas de telecomunicações a aumentar a demanda por recursos, elas terão que aumentar o conteúdo nacional dos projetos.
As condições do financiamento para a compra de equipamentos nacionais é de TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) mais taxa de 0,9% e o spread (diferença entre a taxa de captação e a repassada ao cliente) de risco. O financiamento para serviços tem taxa mais elevada.


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