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BNDES dá à TIM crédito de R$ 1,5 bi para investimento
Empresa poderá gastar os recursos em etapas até 2013
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um limite
de crédito de R$ 1,5 bilhão para
a TIM. Na prática, a linha funciona como um "cheque especial" para a companhia, que poderá desembolsar os recursos
em etapas até 2013 para conduzir seu plano de investimentos.
Trata-se da segunda maior
operação desse tipo realizada
pelo banco de fomento. A
maior foi anunciada em abril
deste ano, no valor de R$ 7,3 bilhões, para a Vale. Empresas
como Gerdau, Klabin, Braskem
e Ultrapar também já obtiveram crédito nessa modalidade.
O instrumento permite obter
recursos com maior agilidade.
A tramitação fica em torno de
dois meses, contra seis em operações tradicionais.
Com o novo financiamento, a
TIM se torna a terceira maior
empresa de telecomunicações
em financiamentos do BNDES,
com um total de R$ 3,4 bilhões.
A primeira nesse ranking é a
Telemar, com R$ 6,7 bilhões,
seguida pela Brasil Telecom,
com R$ 6,1 bilhões. Os valores
consideram empréstimos concedidos desde 1998. A carteira
do BNDES nesse período, entre
empréstimos já quitados ou
ainda em fase de pagamento,
soma R$ 23,3 bilhões.
A TIM planeja investir R$ 7,2
bilhões até 2010. O valor inclui
a aquisição da licença da telefonia de terceira geração (3G),
que permite a oferta de banda
larga móvel. A empresa tem
dois anos de carência. Segundo
Alan Fischler, do BNDES, a finalidade do financiamento é a
realização de investimentos em
rede e expansão de cobertura.
De acordo com Fischler, a
empresa já deverá receber uma
parcela dos recursos neste ano.
Segundo ele, as empresas do setor estão fazendo grandes investimentos em 3G e expandindo a atuação para municípios
onde não existia cobertura.
Para Fischler, se a crise nos
mercados e a escassez de crédito levarem as empresas de telecomunicações a aumentar a demanda por recursos, elas terão
que aumentar o conteúdo nacional dos projetos.
As condições do financiamento para a compra de equipamentos nacionais é de TJLP
(Taxa de Juros de Longo Prazo)
mais taxa de 0,9% e o spread
(diferença entre a taxa de captação e a repassada ao cliente)
de risco. O financiamento para
serviços tem taxa mais elevada.
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