São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2008 |
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Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br CANA E CRISE A crise financeira mundial, que secou as fontes de crédito, chega em mau momento para o setor sucroalcooleiro, que fez muitos empréstimos e precisa renovar ou prorrogar operações. O crédito é menor e está mais caro. NO CURTO PRAZO A avaliação é de Plinio Nastari, da Datagro. Com esse cenário, muitos produtores devem reduzir os tratos dos canaviais na próxima safra, com perda de rentabilidade. Quem investir e obtiver melhor produtividade será remunerado devido à força da demanda. PREÇOS Para Nastari, as usinas continuam com dificuldades de moagem, devido a chuvas e a atrasos no aumento de capacidade, gerando impactos sobre o mercado. Os preços estão mais elevados e o setor já opera com margens. O custo do álcool anidro é de R$ 0,78 por litro e o preço de revenda, de R$ 0,92. No caso do hidratado, R$ 0,74 e R$ 0,80, respectivamente. PASSAGEM No momento, uma recessão externa não afetaria muito o setor, diz Nastari. Se ela ocorrer, o país exportará menos e melhorará os estoques. Nas condições atuais, o Brasil passa de uma safra para outra com sobra de álcool para 8 dias de consumo. "Seria melhor se fossem pelo menos 15 dias." RECORDE NA CARNE Preços melhores e retomada parcial de vendas para a União Européia permitiram receitas de US$ 533 milhões com a carne bovina em setembro, 52% a mais do que em 2007. O volume exportado subiu 3% e foi a 195 mil toneladas (equivalente carcaça). EFEITO DÓLAR Roberto Giannetti da Fonseca, da Abiec (que concentra exportadores), diz que o fortalecimento do dólar em relação ao real ainda não pode ser citado como motivo de melhora das vendas, o que só deverá ocorrer nos próximos meses. AÇÕES DESPENCAM As ações de produtoras de fertilizantes dos EUA tiveram forte queda ontem, após a Merrill Lynch reduzir a recomendação de compra dos papéis dessas empresas. "Há muita incerteza sobre o faturamento no curto prazo", disse Don Carson, da Merrill, à Reuters. SOBE-E-DESCE As commodities agrícolas voltaram a cair fortemente ontem. Em Chicago, o milho liderou as quedas, ao recuar 6,2%. O primeiro contrato foi a US$ 4,54 por bushel (25,4 kg), o menor valor desde janeiro. EM NOVA YORK Soja (4,65%) e trigo (5,04%) também caíram em Chicago, enquanto suco de laranja e açúcar lideraram as quedas em Nova York, com recuos de 6%. Texto Anterior: Portabilidade dá certo em 81% dos casos, diz entidade Próximo Texto: Oi usa tática agressiva na estréia em SP Índice |
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